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Renault quer mudança nas portagens portuguesas

Fabrice Crevola, novo responsável da Renault em Portugal, espera que, até ao próximo ano, o Governo reveja o sistema de portagens, que o próprio diz que “não faz sentido”. E diz estar a pressionar o Governo
8 Setembro 2017, 10h44

O caso não é único e já havia dado problemas à Opel, tendo prejudicado, e muito, as vendas do SUV compacto Mokka. Em 2016 era o CEO da casa alemã a afirmar que o sistema português – um caso singular em território europeu – não fazia sentido; agora, o novo responsável da Renault no nosso país, Fabrice Crevola, citado pelo Negócios, alinha pelo mesmo diapasão que o responsável alemão. Num almoço de apresentação aos jornalistas, Crevola – que assumiu o cargo em julho passado – refere que “todos concordamos que devemos mudá-lo”.

Em causa está o sistema de portagens português, cuja Classe 1 tem como limite os 1,10 metros no eixo dianteiro. Se a legislação já havia sido problemática para a Opel – que deixou de vender o Mokka por cá, “trocando-o” pelo Crossland X –, no que respeita à Renault, o sacrificado foi o Scenic de chassis curto, que não se vendeu no nosso mercado. Além disso, o Kadjar viu a sua suspensão ser alterada para poder ser Classe 1, tal como deverá acontecer com o novo Dacia Duster, cuja apresentação está agendada para daqui a alguns dias, em Frankfurt.

Para que a mudança aconteça, Crevola afirma que “a Renault está a pressionar”, através da ACAP, para que “no futuro este sistema seja mudado”. Esta pressão parece estar a dar frutos, uma vez que o Executivo já se mostrou aberto à possibilidade de dialogar com o setor nesse sentido.

Até porque o segmento SUV vale já mais de um quarto do mercado europeu de automóveis e ninguém quer perder esta nova “corrida ao ouro” do mercado automóvel.

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