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Rendimento básico incondicional na Finlândia começa a dar primeiros sinais de incentivo ao emprego

Nesta fase experimental, foram selecionados dois mil cidadãos, escolhidos ao acaso, que estão agora a receber do Estado um rendimento básico mensal de 560 euros.
29 Janeiro 2018, 12h45

O rendimento básico incondicional já está a ser testado na Finlândia e os primeiros dados apontam para uma redução do desemprego. Nesta fase experimental, foram selecionados 2.000 cidadãos, escolhidos ao acaso, que estão agora a receber do Estado um rendimento básico mensal de 560 euros.

Sini Marttinen foi uma das pessoas escolhidas para receber o rendimento básico incondicional. Ao jornal britânico “Financial Times”, a mulher de 35 anos conta que “ganhou a lotaria” depois de ter ficado sem o seu trabalho enquanto consultora. O montante que recebe agora dá quase para começar o seu próprio negócio, afirma.

Antes, a finlandesa ganhava cerca de 500 euros de subsídio de desemprego, passando agora a receber uma receita básica mensal de 560 euros. Além disso, Sini Marttinen não tem necessidade de justificar onde gasta o dinheiro que lhe é entregue e, no caso de vir a encontrar outro emprego, pode manter o rendimento que o Estado lhe atribui. “É absolutamente perfeito”, indica.

“Não estamos realmente a testar um modelo específico para ser introduzido na Finlândia. Estamos muito longe disso, mas agora estamos um passo mais perto”, explica Markus Kanerva, membro do gabinete do primeiro-ministro, que está fortemente ligado às negociações.

A Finlândia tornou-se em janeiro o primeiro país na Europa a pagar aos desempregados um rendimento básico mensal. O programa deve prolongar-se por dois anos e tem como principal intuito reduzir o número de desempregados no país. Na Finlândia, onde há cerca de 5,5 milhões de habitantes, a taxa de desemprego é de 8,1%.

Olli Kangas, responsável da agência que atribui as prestações sociais na Finlândia, assegura que o rendimento básico pode vir a ser alargado a outros grupos com baixos rendimentos, como os trabalhadores freelancer, empresários com pequenos negócios e cidadãos que trabalham em part-time.

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