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Renzi ameaça agir sozinho em relação aos migrantes

Primeiro-ministro italiano quer intervenção em África para estancar o fluxo rumo à Europa.
  • Radovan Stoklasa/Reuters
20 Setembro 2016, 07h21

Depois de se ter demarcado da conferência de imprensa conjunta entre Angela Merkel e François Hollande na cimeira de Bratislava, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, volta a adotar uma posição isolada no contexto europeu. “Se a Europa continua assim, vamos precisar de nos organizar de modo autónomo no capítulo da imigração e este foi o único elemento de novidade em Bratislava, onde muito foi dito, mas pouco foi claro quanto ao tema africano”, disse, num encontro com os jornalistas em Nova Iorque, segundo o diário “La Repubblica”.

“Juncker faz muitas afirmações bonitas, mas ignoram-se os factos. É um problema da Europa. A Itália agirá só, mas este é um problema da União. Do nosso lado, a prioridade é o relacionamento com África, conforme afirmámos na Eslováquia, e depois a luta contra o terrorismo à escala global”, defendeu.

O estatuto prioritário de África significa “evitar que quem vem à procura de ser ajudado como refugiado tenha de passar muito tempo sem algo para fazer, pois isso também causa sofrimento. É necessária uma intervenção no continente africano, cooperação internacional, garantias de segurança para as estruturas em África”, referiu. “Ou intervimos juntos em África para estancar o fluxo a montante ou será evidente que a Europa não tem condições para agir”, estimou.

 

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