[weglot_switcher]

Reserva Federal aumenta liquidez após volatilidade em Wall Street

A medida anunciada pela Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque destina-se a cobrir essencialmente as necessidades de financiamento a curto prazo e tem como objetivo o correto funcionamento do mercado financeiro.
9 Março 2020, 16h24

A Reserva Federal de Nova Iorque anunciou hoje que vai injetar mais liquidez nos bancos para os proteger da volatilidade, num momento de instabilidade em Wall Street, após as operações da bolsa terem sido suspensas por 15 minutos.

A interrupção das operações ocorreu depois de o índice alargado S&P 500 ter descido 7%.

A medida anunciada pela Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque destina-se a cobrir essencialmente as necessidades de financiamento a curto prazo e tem como objetivo o correto funcionamento do mercado financeiro.

A Fed de Nova Iorque disse que vai assim aumentar a quantidade de empréstimos a curto prazo que realiza diariamente e quinzenalmente para satisfazer a crescente procura das instituições financeiras e evitar maior tensão à medida que os bancos e as empresas norte-americanas se preparam para enfrentar a crise do coronavírus.

A decisão da Fed nova-iorquina chega num dia marcado pela volatilidade de Wall Street, tendo a insegurança dos investidores levado a uma interrupção das operações por 15 minutos, no início da sessão, depois de o índice S&P 500, que representa as 500 maiores empresas, ter recuado 7% no meio da crise causada pela epidemia de coronavírus e pela queda dos preços do petróleo.

Às 15:00 (hora de Lisboa), cerca de uma hora após o recomeço das operações, a bolsa de Nova Iorque seguia em baixa, com o Dow Jones a perder 6,24% para 24.250,66 pontos e o Nasdaq a ceder 5,65% para 8.090,91 pontos.

O índice alargado S&P 500 perdia 5,62% para 2.805,38 pontos.

Já bastante afetada pelos receios ligados ao coronavírus, a praça nova-iorquina foi também pressionada pelo afundamento do preço do petróleo, que caía mais de 20%.

Em causa, uma decisão da Arábia Saudita de adotar uma política de ‘terra queimada’, ao baixar drasticamente o preço do seu petróleo, após o fracasso na sexta-feira das negociações com a Rússia destinada a aprovar um corte suplementar na oferta para evitar a queda dos preços, numa altura de menor procura devido ao coronavírus.

“A queda dos preços do petróleo é má para os países produtores de petróleo e para as ações do setor da energia”, notou o analista Art Hogan citado pela AFP. Com mais de 13 milhões de barris extraídos diariamente, os Estados Unidos são o primeiro país produtor a nível mundial, à frente da Rússia e da Arábia Saudita.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.