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Reservas cambiais da China atingem o valor mais baixo desde 2011

Janeiro foi o sétimo mês consecutivo em que o Banco do Povo Chinês registou uma diminuição nos depósitos em moeda estrangeira. O abrandamento da economia chinesa e a queda do valor da moeda (o yuan) são apontados como os principais fatores a pressionar as quedas.
  • Petar Kujundzic/Reuters
8 Fevereiro 2017, 11h13

As reservas cambiais da China, as maiores do mundo, registaram em janeiro um queda para 2,99 biliões de dólares, o valor mais baixo dos últimos seis anos. Os dados publicados esta quarta-feira pela Administração Estatal de Divisas apontam o abrandamento da economia chinesa e a queda do valor da moeda (o yuan) como os principais fatores que contribuiram para a fuga de capitais privados recorde, que se tem verificado pelo sétimo mês consecutivo.

“Esta queda deverá desencadear um novo debate sobre por quanto tempo o banco central pode continuar a intervir para apoiar o valor do yuan”, indica, em comunicado, Julian Evans-Pritchard, da consultora Capital Economics.

O banco central chinês gastou parte das suas reservas cambiais para evitar a desvalorização do yuan e travar assim a saída de capital. Segundo dados da Administração Estatal de Divisas, em 2016, as reservas chinesas encolheram 9,6% face ao ano anterior.

Apesar da perda de cerca de 180 mil milhões de dólares, as autoridades chinesas ressalavam que as reservas cambiais do país, apesar de estarem agora ligeiramente abaixo da linha dos três biliões de dólares, “continuam a ser as maiores do mundo”.

Segundo a porta-voz da Administração Estatal de Divisas, estes movimentos são “normais” e salienta que as reservas da segunda maior economia mundial continuam a ser “muito abundantes” e proporcionam liquidez suficiente para “salvaguardar a segurança económica e financeira nacional”. A previsão de crescimento da economia chinesa para 2017 é de 6,5%.

 

 

 

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