O número de reservas na restauração aumentou 36% no mês de julho face ao período homólogo, revelam os dados recolhidos pelo TheFork. Este crescimento permitiu que a indústria atingisse níveis semelhantes aos do período pré-pandemia.

O verão de 2021 foi marcado por uma recuperação na restauração em Portugal, com os portugueses a apostarem ainda no território nacional como o local de férias ideal durante a pandemia. Foi este ano que se notou um crescimento na economia, já com mais de metade dos portugueses vacinados contra a Covid-19.

O aumento foi sentido por toda a Europa, com a restauração a verificar um crescimento global no número de reservas de 29% face a julho de 2020 e de 22% face a agosto de 2020. Este aumento nota a aposta dos clientes em restaurantes digitais e no serviço online de reservas.

Os clientes preferem reservar uma mesa via dispositivo móvel e, a nível nacional, 79% das reservas online são agora feitas através de um telemóvel. Analisando o consumo no sector, perto de metade dos clientes portugueses opta por um investimento moderado quando se deslocam aos restaurantes, com um gasto médio de cerca de 22 euros por pessoa. A outra grande alteração decorrente da pandemia tem sido a antecedência com que os clientes fazem as suas reservas, mais concretamente cinco horas antes, mais duas horas em relação à média que tinha sido registada no verão de 2019.

O jantar continua a ser a refeição preferida para ir a um restaurante, sendo esta a opção escolhida por 58% dos utilizadores presentes no TheFork. Ainda assim, o sábado – que sempre foi o dia de eleição para efetuar uma refeição fora – a nível de reservas foi ultrapassado em 20% por sexta-feira, com o último dia da semana de trabalho a tornar-se o preferido.

“Este verão marcou uma viragem na indústria da restauração que, depois de um período difícil, finalmente conseguiu voltar a taxas de reservas próximas das de 2019, e até mesmo superá-las em alguns mercados. Os clientes continuaram a ir a restaurantes, mesmo num contexto de instabilidade”, destaca Sérgio Sequeira, CEO da região Iberia & Latam do TheFork.

“No TheFork iremos continuar fiéis à nossa missão de apoiar os restaurantes nesta importante fase de digitalização da sua atividade, e contribuir para o seu crescimento. Estaremos com os restaurantes na sua adaptação – o mais eficaz possível – a esta situação e encontramo-nos a implementar inúmeras iniciativas para trazer mais pessoas de volta aos restaurantes. Com um marcado foco na concretização de projetos inovadores, e a unir esforços em direção a uma tendência positiva nesta área, reforçamos a nossa ambição de continuarmos a ser a maior comunidade gastronómica do mundo”, explica Sérgio Sequeira em comunicado.

Segundo os dados recolhidos pela plataforma, Portugal (44%), Espanha (18%) e Itália (17%) encontram-se nos mercados europeus com maior quota de reservas internacionais. Apesar do nível de procura internacional não ter atingido o mesmo de 2019, o número de reservas continua a aumentar, verificando-se que os clientes locais deram um grande contributo para compensar a perda de procura internacional.

Ainda assim, o TheFork nota que o aumento do nível de reservas “também se deve ao ressurgimento do turismo, tanto local quanto internacional, uma vez que a introdução do certificado digital Covid na União Europeia a 1 de julho permitiu um maior volume de turismo, levando a um impacto direto na indústria hoteleira”.

O Funchal registou uma taxa de crescimento de reservas online de 182%, seguindo-se Faro com um crescimento de 27%, Lisboa com 18% e Porto com 6%, quando comparados com as reservas de julho de 2020.

Entre os 20 restaurantes mais reservados durante os meses de julho e agosto em Portugal, encontram-se o Seen, Contrabando Restaurante e Bar, Yakuza by Olivier, Pap’Açorda, Al Garage e Café no Chiado em Lisboa, Baía do Peixe em Cascais, Ordo BH Concept em Leça do Balio, Espaço Funchal e Il Vivaldi – Mediterranean Cuisine no Funchal.