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Respostas rápidas. A prisão é o fim da candidatura de Lula à presidência?

A defesa vai continuar a tomar medidas para que a prisão seja revogada. O ex-presidente está cansado mais tranquilo numa cela de 15 metros quadrados. PT vai realizar reunião para definir rumo do partido.
  • Ueslei Marcelino/Reuters
9 Abril 2018, 12h11

O que está a fazer a equipa de advogados de Lula?
Um dos advogado de Lula, Cristiano Zanin, informou que o antigo presidente está indignado com situação, mas encontra-se bem. A defesa vai continuar a tomar medidas para que a prisão seja revogada, e admitiu que os advogados analisem a possibilidade de pedir a transferência do petista para São Paulo.

O Supremo Tribunal Federal pode reverter a prisão do antigo presidente?
A equipa de advogados acredita na reversão do STF, embora este tenha negado o último recurso a Lula da Silva, que está agora formalmente condenado a 12 anos e um mês de prisão efetiva por corrupção. A decisão do tribunal chegou ao fim de 11 horas de debate e com uma diferença de apenas seis votos em relação a quem queria conceder o pedido de Habeas Corpus ao petista.

Como está Lula da Silva?
Chegou a Curitiba cansado, porque estava há dois dias sem dormir. Segundo os advogados encontra-se tranquilo. Está numa cela com 15 metros quadrados, com janelas e grades. Tem televisão e casa de banho privativo. O ex-presidente terá duas horas diárias de acesso a uma zona exterior.

Pode receber visitas?
Pode receber visitas de familiares do primeiro grau e dos advogados. Senadores e deputados têm representatividade pública e tudo indica que também terão direito a visitar Lula.

O que vai fazer o PT?
O PT vai realizar uma reunião nacional para definir o rumo do partido após a prisão de Lula. Oficialmente, a estratégia continua a ser uma só – a de manter a candidatura Lula, independentemente do que venha a acontecer.

Qual o principal obstáculo à candidatura de Lula à presidência?
O grande obstáculo à candidatura de Lula chama-se Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010 durante a sua própria presidência, e que inviabiliza que políticos condenados em segunda instância possam candidatar-se a cargos públicos. Isso só será possível no momento em que o Supremo Tribunal Eleitoral apreciar as candidaturas às presidenciais, algo que deve acontecer até 17 de Setembro.

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