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Respostas rápidas: As questões a que Vieira da Silva terá de responder sobre a Raríssimas

Vieira da Silva é ouvido hoje no Parlamento sobre ligações à Raríssimas. Audição surge depois de declarações de Paula Brito e Costa que dão conta de um ‘incentivo’ de meio milhão aprovado em 2007 pelo ministro.
  • © Jornal Económico/ Fotografia: Cristina Bernardo
18 Dezembro 2017, 11h10

O ministro do Trabalho, que foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, é ouvido no Parlamento nesta segunda-feira sobre caso de alegada gestão danosa na Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras. Audição de Vieira da Silva na Comissão de Trabalho e Segurança Social está marcada para as 15h30. Saiba aqui as questões que estão por esclarecer.

Por que razão não ordenou uma inspeção no momento em que tomou conhecimento de suspeitas na instituição?

O governante deve explicar por que razão não ordenou uma inspeção no momento em que tomou conhecimento de suspeitas na instituição. Vieira da Silva solicitou à sua Inspecção Geral uma inspecção global à Raríssimas, endo em conta “o justificado alarme” provocado pela divulgação de alegadas irregularidades na gestão financeira. Mas, segundo a presidente da Associação, o ministro sabia dos problemas desta IPSS desde Junho deste ano, transmitidos por Paula Brito e Costa numa reunião com o governante realizada no verão.

Tinha ou não conhecimento da alegada gestão danosa da ex-presidente?

Vieira da Silva já garantiu que “nunca” recebeu “denúncias de gestão danosa”. O governante, que ao longo da semana falou três vezes sobre este caso, disse estar de consciência tranquila. Mas soube-se, entretanto, que  ministro responsável pela Segurança Social soube que existiam problemas na IPSS a 22 de junho, após uma reunião com a presidente, Paula Brito e Costa. A confirmação foi dada pelo Ministério da Segurança Social ao Expresso este sábado. A denúncia chegou pela presidente demissionária da associação, Paula Brito e Costa, numa reunião pedida pela própria .

Moveu as suas influências para beneficiar a instituição?

A pergunta surge numa altura em que surgem notícias que dão conta que o que o governante sabia que Paula Brito e Costa andava a apresentar a Raríssimas como fundação, quando na verdade não o era – havendo até um parecer negativo sobre a passagem a fundação por parte da Direção Geral da Segurança Social (tutelada precisamente por Vieira da Silva). Na sexta feira, Paula Brito e Costa garantiu, numa entrevista à RTP, que nunca nenhum político tinha ajudado tanto o projeto: “Ficar-lhe-ei grata para o resto da vida”.

Vieira da Silva aprovou um incentivo de meio milhão de euros para  esta associação?

Brito e Costa, em entrevista à RTP na sexta-feira passada, lembrou um incentivo de meio milhão de euros aprovado em 2007 pelo agora ministro. Vieira da Silva desmentiu essa declaração à mesma estação: “Não concedi nenhum subsídio de meio milhão de euros à associação”.

 

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