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Respostas Rápidas: O que precisa saber sobre o caso Raríssimas

Uma reportagem da TVI sobre a gestão da associação Raríssimas está a provocar polémica e já levou à abertura de inquéritos pela Polícia Judiciária e pela Segurança Social. Conheça os factos por detrás da polémica.
  • Baz Ratner/REUTERS
11 Dezembro 2017, 10h44

O que é a Raríssimas?

É uma associação que tem por missão apoiar as pessoas que padecem de doenças raras e seus familiares. Em Portugal existem 800 mil pessoas portadoras de doenças raras e a associação procura dar uma “resposta inovadora às necessidades dos portadores de patologia rara, famílias, cuidadores e amigos”, segundo a informação que consta da sua página oficial. Liderada por Paula Brito da Costa, a Raríssimas vive de apoios do Estado e de donativos de particulares. Em 2016, a associação recebeu cerca de um milhão de euros em apoios estatais.

Porque está a Raríssimas a ser alvo de críticas?

A reportagem da jornalista Ana Leal trouxe a público detalhes sobre a gestão da associação. Com testemunhos de antigos elementos da direção da Raríssimas, dá conta de despesas pessoais elevadas em vestuário e deslocações por parte de Paula Brito da Costa. A reportagem dá ainda conta de que a presidente aufere cerca de seis mil euros por mês em ordenados e despesas de representação. O marido e o filho de Paula Brito e Costa trabalham na associação e, na reportagem, a presidente aparece num vídeo a dizer que são “os seus olhos e ouvidos” na Raríssimas. “O meu filho é o herdeiro da parada”, afirma Paula Brito e Costa num dos vídeos que passaram na reportagem.

O que diz a Raríssimas sobre as acusações?

A associação diz que a peça da TVI é “jornalismo de emboscada” e que assenta em “acusações insidiosas” e “informações manipuladas”, divulgadas fora do contexto. “Todas as acusações apresentadas nesta reportagem são insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, garantiu a Raríssimas em comunicado.

O que diz o Governo sobre o assunto?

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, terá tido conhecimento das alegadas irregularidades na Raríssimas, segundo a TVI. O ex-tesoureiro da associação, Jorge Nunes, pediu a intervenção de Vieira da Silva, numa carta enviada a 12 de outubro. Além da intervenção direta do ministro, Jorge Nunes terá pedido uma inspeção do Instituto da Segurança Social à Raríssimas em, pelo menos, três cartas datadas de 9 agosto, 15 e 21 de setembro. Todas sem resposta, tanto da parte do Instituto da Segurança social como da tutela. A primeira reação oficial às irregularidades descobertas pela TVI surgiu no domingo. Em comunicado, o Ministério da Segurança Social disse que vai “avaliar” os factos relatados e que vai agir “em conformidade”.

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