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Respostas Rápidas: Porque andam as ações da Pharol numa montanha russa?

A quinta versão do plano de recuperação judicial da Oi prevê reduzir a dívida total em 50% e tornar os obrigacionistas em donos de 70 a 75% da empresa, o que são notícias negativas para os acionistas actuais da Oi e da Pharol.
  • Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
15 Dezembro 2017, 18h43

As ações da Pharol (ex-PT SGPS), que ficou com 27% da Oi e com os créditos de quase 900 milhões de euros sobre a falida Rioforte, têm andando numa autêntica montanha russa. Hoje o título da empresa liderada por Luís Palha da Silva subiu 4,26% e fechou nos 0,269 euros, um dia depois de ter caído 10%. Tudo graças às constantes peripécias em torno do Plano de Recuperação Judicial da Oi. A Pharol que tem hoje 27% do capital da Oi e Nelson Tanure, com 6,5 % são os principais afectados com a nova versão de seu plano de recuperação judicial aprovado pela Oi.

Ainda assim as ações da Pharol acumulam um ganho desde o início do ano de 29,95%.

O que diz o novo Plano de Recuperação Judicial?

A Oi apresentou na noite de terça-feira, 12, o seu novo Plano de Recuperação Judicial, visando a pacificação entre acionistas e credores. Desta vez prevê a conversão da dívida em até 75% do capital da companhia, além de um aumento de capital (mais pequeno do que o previsto no plano anterior) de 4 mil milhões de reais [1,02 mil milhões de euros].

De acordo com os novos termos da proposta, o plano de recuperação vai permitir à operadora brasileira reduzir a dívida para metade, dos 64 mil milhões de reais (16 mil milhões de euros) para 32 mil milhões (oito mil milhões), somando já as dívidas relacionadas com as multas aplicadas pelo regulador brasileiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Perguntámos ao gestor do BiG, Steven Santos, as razões desta volatilidade do título.

Porque caem as ações da Pharol?
A Pharol está a ajustar o impacto negativo motivado pela diluição de capital prevista pelo plano de recuperação da Oi. Sem actividade operacional que pudesse gerar liquidez suficiente para acompanhar o aumento de capital, a posição da Pharol na Oi deverá ser significativamente reduzida.

A ação da Oi regressou ontem aos mínimos do ano, comportamento que a Pharol está a replicar. A quinta versão do plano de recuperação judicial prevê reduzir a dívida total em 50% e tornar os obrigacionistas em donos de 70 a 75% da empresa, o que são notícias negativas para os accionistas actuais da Oi e da Pharol.

 

 

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