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Respostas Rápidas. Portugal mais perto da “vida normal” mas máscaras e testes continuam em vigor

Testes continuam a ser precisos nas visitas a lares e a pacientes internados, e o certificado digital só será exigido no controlo de fronteiras. Teletrabalho deixa de ser recomendado, mas a máscara continua a ser obrigatória.
18 Fevereiro 2022, 15h00

O que levou o Governo a anunciar novas medidas?

Os especialistas ouvidos esta quarta-feira na sede do Infarmed não deixaram margem para dúvidas: Portugal já ultrapassou o pico da pandemia e inicia agora a transição para uma endemia, tendo em conta a trajetória descendente da incidência e do risco de transmissibilidade. Assim, os peritos recomendaram e apelaram que o Governo e as autoridades de saúde levantassem algumas medidas de combate à Covid-19.

Apesar da diminuição do risco, a ministra Mariana Vieira da Silva sublinhou que “não é ainda o momento de dizer que a pandemia acabou”.

“Ainda continuamos com medidas que devem ser cumpridas, por um lado. Por outro, estes dois anos já nos ensinaram que o aparecimento de uma nova variante ou que uma alteração do que conhecemos ser a duração da imunidade que a vacina confere pode ser alterada”, alertou, embora tenha salientado tratar-se de um “regresso a uma vida mais normal, com menos restrições”.

Apesar já ter sido anunciado estas alterações de combate à pandemia ainda é incerto quando é que as medidas entram em vigor. Em resposta aos jornalistas, Mariana Vieira da Silva avançou que um dos diplomas necessita de aprovação do Presidente da República. O que foi aprovado em Conselho de Ministros avança já esta quinta-feira para Belém, pelo que a expectativa é que seja promulgado rapidamente, como tem sido habitual nos últimos meses por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.

https://jornaleconomico.pt/noticias/respostas-rapidas-evolucao-da-pandemia-leva-governo-a-levantar-medidas-saiba-tudo-o-que-muda-849251

O teste negativo continua a ser obrigatório

Sim, mas apenas em duas ocasiões: nas visitas a lares e nas visitas a pacientes internados em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde. No entanto, há duas exceções: quem apresentar o certificado de recuperação ou o certificado de vacinação completa com a dose de reforço não precisa de fazer o teste no “acesso a instituições onde estão pessoas de especial vulnerabilidade”, explicou a ministra.

E a máscara?

Também. O uso de máscara mantém-se obrigatório nos espaços onde ela é exigida atualmente. Isso inclui, por exemplo, transportes públicos, salas de aula, centros comerciais, espetáculos culturais, recintos desportivos ao ar livre como estádios de futebol, entre outros.

Como antecipou Mariana Vieira da Silva na conferência de imprensa, na próxima fase de alívio das restrições será possível largar finalmente a máscara, usando-a apenas em caso de sintomas ou em situações de maior risco.

Quando será decretado o fim da pandemia?

Ainda é incerto, no entanto Portugal poderá regressar ao “antigo normal” no espaço de um mês e meio.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que os especialistas ouvidos no Infarmed recomendaram dois níveis de medidas: um a ser adotado agora e outro mais tarde quando o indicador relativo às pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos [UCI] e as mortes descer.

Neste momento, o indicador relativo às mortes é de 63 por um milhão de habitantes a 14 dias e a meta é chegar às 20 mortes por um milhão de habitantes a 14 dias. “Ainda estamos longe desse patamar”, disse a governante, adiantando, no entanto, que a previsão dos peritos é que se chegue a essa meta daqui a cinco se manas. Nessa altura, serão levantadas as restantes medidas preventivas.

Até lá, continuam o confinamento de contactos de risco deixa de ser obrigatório tal como a recomendação de teletrabalho. As medidas que preveem limites de lotação em estabelecimentos, equipamentos e outros locais abertos ao público e a exigência de apresentação de certificado digital, salvo no controlo de fronteiras, também cai por terra, à semelhança da exigência de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas.

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