Os três ‘grandes’ estiveram no centro de uma operação sob a direção do DCIAP centrada em suspeitas de fraude e branqueamento que ascendem a 58 milhões de euros, algo que resultou em 60 buscas.
No que se baseou a operação desta quarta-feira?
Mais de 60 buscas visaram Benfica, FC Porto e Sporting, além de escritórios de advogados e de contabilidade e diversas residências, numa operação centrada em suspeitas de fraudes e branqueamento que ascendem a 58 milhões de euros.
Que meios foram envolvidos?
As diligências contaram com a participação de aproximadamente 250 elementos, entre inspetores da Autoridade Tributária (AT), militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), procuradores do Ministério Público, juízes e representantes da Ordem dos Advogados.
Sob a direção do DCIAP, a investigação envolve também a Unidade dos Grandes Contribuintes e a Direção de Serviços de Investigação de Fraude e de Ações Especiais da AT, bem como a Unidade de Ação Fiscal da GNR.
Que valores estão envolvidos?
Segundo uma nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as diligências foram efetuadas nas áreas de Lisboa, Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Setúbal, e investigam factos ocorridos entre 2014 e 2022, sobre os quais “existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social, no valor global de mais de 58 milhões de euros”.
Que alegados crimes estão a ser investigados?
Em causa nos inquéritos que originaram esta operação estão “suspeitas de prática de crimes de fraude fiscal qualificada, fraude contra a segurança social e branqueamento de capitais, ligadas com celebração ou renovação de contratos de trabalho desportivo, pagamento de comissões e circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios, bem como utilização de direitos de imagem”.
Que SADs foram constituídas arguidas?
De acordo com comunicado das sociedades desportivas à CMVM, Benfica SAD e Sporting SAD confirmaram junto do regulador que foram constituídas. As “águias” confirmaram este estatuto em comunicado sendo que a agência Lusa adianta que o processo “Fora de Jogo” “incide sobre suspeitas de fraudes e branqueamento envolvendo contratos e transferências de jogadores, que ascendem a 58 milhões de euros”.
Também a Sporting SAD já confirmou ter sido constituída arguida no processo, que incide sobre diversos contratos e transferências de jogadores de futebol, ocorridos no período compreendido entre 2015 e 2017.
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