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Respostas Rápidas. Crise sismo-vulcânica nos Açores: sismo de maior magnitude ou erupção?

O CIVISA realça que devem ser considerados todos os cenários, incluindo um sismo de maior magnitude ou uma possível erupção.
  • São Jorge, Açores
23 Março 2022, 17h00

A ilha de São Jorge, nos Açores, está, desde o passado sábado à tarde, dia 19 de março, a registar uma intensa atividade sísmica. Até ao momento, já foram registados mais de 1.800 sismos na ilha de São Jorge, 104 dos quais sentidos pela população. Face ao agravamento das preocupações, dois concelhos daquela ilha, Velas e Calheta, ativaram na passada segunda-feira os seus planos municipais de emergência de proteção civil.

Qual é o plano?

Neste momento o Governo Regional dos Açores está a preparar cenários de retirada de pessoas da ilha de São Jorge caso a crise sísmica se agrave.

Já foram enviados meios humanos do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) para a ilha de São Jorge e estão a ser preparados bombeiros de outras ilhas caso seja necessário. Seguiram também para aquela ilha um reboque multivítimas, equipamento de busca e intervenção em estruturas colapsadas, detetores de soterrados, câmaras de busca e equipamentos de estabilização.

O que dizem os peritos?

O CIVISA refere que todos os sismos registados até agora na ilha de São Jorge são de origem tectónica e explica que “o facto de a crise sísmica se situar no denominado Sistema Vulcânico Fissural das Manadas leva a que se passe a designar por crise sismovulcânica”. Neste sentido, o CIVISA realça que devem ser considerados todos os cenários, incluindo um sismo de maior magnitude ou uma possível erupção.

Qual é o historial?

O presidente do CIVISA, Rui Marques, explicou que trata-se de um sistema vulcânico ativo que teve uma erupção em 1580 e outra em 1808.

O que diz o Governo Regional?

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou a atividade sísmica em São Jorge “preocupante”, pelo facto de ter o “epicentro na massa tectónica da própria ilha e não no mar”.

O governante referiu que nestas situações “mais vale ser excessivo na prudência do que negligente na ação”.

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