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Resultados do Goldman Sachs sofrem revés com ‘fatura’ em litígios

A provisão levou com a uma quebra de 22% no lucro por ação, que se fixou nos 4,67 dólares. Excluindo o seu efeito, que se deve ao escândalo com o fundo soberano da Malásia, 1MBD, o lucro por ação seria de 7.64 dólares, acima das estimativas da Refinitiv.
15 Janeiro 2020, 15h17

O Goldman Sachs fez uma provisão para imparidade de 1,24 mil milhões de dólares para cobrir custos judiciais que tiveram um impacto nas contas do último trimestre de 2019 apresentadas esta quarta-feira.  Esta ‘fatura’ teve um impacto negativo de 1,5% no ROE do banco sedeado em Nova Iorque, que se fixou nos 8,7%, em termos anualizados.

A provisão levou com a uma quebra de 22% no lucro por ação, que se fixou nos 4,67 dólares. Excluindo o seu efeito, que se deve ao escândalo com o fundo soberano da Malásia, 1MBD, o lucro por ação seria de 7.64 dólares, acima das estimativas da Refinitiv.

O Goldman Sachs foi o segundo grande banco norte-americano a sentir o impacto nos resultados devido a escândalos judiciais, depois de o Wells Fargo ter visto os lucros reduzirem em 50% devido a processos na justiça.

David Solomon realçou o “forte desempenho” no quarto trimestre de 2019 que permitiu ao banco apresentar “resultados anuais sólidos”, enquanto o Goldman Sachs continua “a investir em novos negócios”. “Queremos melhores resultados no futuro e vamos apresentar os nossos objetivos estratégicos no Dia do Investor este mês”, disse o chairman e CEO do Goldman Sachs.

O banco liderado por David Solomon apresentou lucros trimestrais de 1,92 mil milhões de dólares, o que representa uma queda de 24% face ao período homólogo. Em sentido contrário, as receitas registaram um crescimento homólogo de 23% e ascenderam a 9,96 mil milhões de dólares, contribuindo para a faturação de 36,55 mil milhões de dólares durante 2019, impulsionadas pela “segunda maior faturação anual” da banca de investimento, de 7,6 mil milhões de dólares, ou 21% da faturação total.

Nas outros três grandes segmentos de negócios, o banco gerou receitas (40%) 14,78 mil milhões dólares no segmento “Mercados Globais”, que integra as operações de trading de ativos de renda fixa e equities; a gestão de ativos contribuiu com (25%) 8,97 mil milhões de dólares; e a gestão de riqueza e banca de retalho realizou receitas de (14%) 5,2 mil milhões de dólares.

O Goldman Sachs sinalizou que o período entre outubro e dezembro de 2019 correspondeu ao “segundo trimestre com as receitas mais elevadas e o maior desde 2007”.

Os lucros anuais ascenderam a 8,47 mil milhões de dólares, uma queda de 19% face aos lucros de 2018, e muito abaixo do recorde do vizinho e rival JPMorgan Chase que apresentou lucros recorde esta terça-feira.

Às 15h13, em Portugal, os títulos do Goldman Sachs na bolsa de Nova Iorque estavam a subir 0,19%, negociango nos 246 dólares.

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