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Revisão do preço da OPA não altera parecer positivo da Sonae Capital ao preço da oferta

Esta semana a Efanor, ‘holding’ da família Azevedo, reviu em alta de 10% a contrapartida na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Sonae Capital. A administração considera o preço adequado e que os acionistas devem vender na OPA.
23 Outubro 2020, 13h57

A Sonae Capital SGPS informou o mercado sobre uma adenda ao relatório do conselho de administração sobre a oportunidade e as condições da oferta lançada pela holding da família Azevedo. Na prática a administração da Sonae Capital mantém que o preço da oferta é adequado e que os acionistas devem vender na Oferta Pública de Aquisição (OPA).

“Na sequência da comunicação efetuada pela Efanor Investimentos, SGPS, em 21 de outubro de 2020, relativa à adenda ao Prospeto e à revisão em alta da contrapartida oferecida no âmbito da Oferta, o Conselho de Administração da Sonae Capital informa que a alteração ocorrida em nada altera o Parecer previamente emitido sobre a adequação da contrapartida oferecida no contexto da Oferta”, refere a empresa do grupo Sonae.

No que diz respeito ao valor da contrapartida, o conselho de administração da Sonae Capital “considera-o justificável e passível de ser aceite pelos senhores acionistas”.

“O conselho de administração gostaria de fazer notar que a oferta de 0,77 euros/ação representa um prémio de 23,8% face à valorização efetuada por este conselho com base em múltiplos de mercado de segmentos comparáveis aos da Sonae Capital, que estão fortemente influenciados, por um lado, pelo impacto da Pandemia e, por outro lado, pelo elevado desconto de holding à qual a Sonae Capital tem estado sujeita, praticamente, desde a entrada em bolsa”, escreve o board da Sonae Capital.

“A oferta, especialmente num contexto de reduzida liquidez das ações Sonae Capital, oferece uma opção de saída aos Senhores Acionistas, especialmente aos que, no atual enquadramento económico, valorizem mais os riscos em detrimento de oportunidades futuras”, acrescenta a empresa.

Esta semana a Efanor, holding da família Azevedo, reviu em alta a contrapartida na OPA sobre a Sonae Capital. Em comunicado enviado à CMVM, a Efanor indicou que o novo preço é de 77 cêntimos por ação em vez dos anteriores 70 cêntimos. Trata-se, portanto, de uma revisão em alta de 10% no valor oferecido.

Esta OPA sobre a Sonae Capital decorre em simultâneo com uma oferta sobre a Sonae Indústria. O Grupo Sonae quer retirar ambas de bolsa.

No fim de agosto, ambos conselhos de administração (Sonae Capital e Sonae Indústria) pronunciaram-se sobre o preço oferecido na oferta pública de aquisição (OPA) dupla lançada pela holding da família Azevedo.

“No que diz respeito ao valor da contrapartida, o conselho de administração considera-o justificável e passível de ser aceite pelos senhores acionistas, nomeadamente, tendo em consideração o forte impacto que a pandemia Covid-19 está a ter no mercado de capitais e, consequentemente, nas valorizações dos negócios e ativos imobiliários em posse da Sonae Capital”, disse na altura a administração da Sonae Capital.

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