A Revolut está a agudizar a concorrência ao sector bancário e financeiro. Longe vão os tempos em que era uma aplicação móvel para ter melhores taxas de câmbio em viagens e passar dinheiro a amigos. Esta quarta-feira a empresa liderada por Nik Storonsky anunciou novidades para o segmento empresarial, entre as quais está o seu sistema de hardware para pagamentos, um terminal de leitura de cartões de débito e crédito.
O “Revolut Reader” é o primeiro dispositivo físico de leitura de cartões da Revolut e foi inicialmente lançado na Irlanda em julho do ano passado. Agora, está a ser implementado no resto da Europa. O aparelho eletrónico permite que os comerciantes aceitem operações instantâneas feitas com cartões e pagamento contactless (sem contacto), como Apple Pay e Google Pay.
Seguem-se as operações cambiais a prazo para permitir às empresas – incluindo as portuguesas – fixarem a taxa de câmbio até um ano (dólar, libra e euro) para a compra ou venda de uma moeda numa data futura (é necessário um depósito inicial, aplicam-se taxas). A funcionalidade está agora, além de Portugal, na Irlanda, Alemanha, Países Baixos, Espanha, França, Lituânia, Estónia, Itália, Finlândia, Hungria e Reino Unido.
A Revolut Business, para o negócio B2B da Revolut, passa também a ter ordens de limite e de stop para que as empresas comprem e vendam moedas automaticamente à sua taxa ideal e sem comissões (para planos pagos), diretamente a partir da sua conta empresarial no neobanco. Além disso, entra formalmente no mercado australiano.
“Desde o lançamento da Revolut Business em 2017, expandimos a nossa gama de produtos e funcionalidades, com o objetivo de fornecer aos nossos clientes empresariais uma plataforma abrangente para gerirem eficazmente todas as suas finanças”, reforçou o diretor geral da Revolut Business.
Segundo James Gibson, a entrada na Austrália e as novidades apresentadas recentemente “são apenas a primeira parte de um plano extenso e empolgante que planeámos para 2023, que inclui a expansão do nosso produto e uma maior localização para mercados específicos”. Em Portugal, a plataforma recebeu 55% mais empresas durante o primeiro trimestre de 2023 do que no período homólogo.
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