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Rio cria grupo parlamentar à sua imagem e sem críticos

Praticamente todos os apoiantes de Paulo Rangel foram afastados das listas de deputados ou relegados para lugares não elegíveis. Mas escolhas também revelam ascensão de conselheiros como Miranda Sarmento e Tiago Moreira de Sá.
11 Dezembro 2021, 10h00

Houve um momento na terça-feira em que ficou claro que Rui Rio estava a ser literal quando garantiu que não haveria “limpeza étnica” no processo de elaboração das listas de deputados do PSD. Afinal, ao contrário do que aconteceu no final do século passado na cidade bósnia de Srebrenica ou em Kigali e outras partes do Ruanda, nenhum adversário perdeu a vida às mãos de turbas enfurecidas ou de paramilitares impiedosos.

Já em sentido figurado torna-se legítimo falar numa tal limpeza, visto que o processo de escolha do futuro grupo parlamentar social-democrata – mesmo que a vitória eleitoral encarada como possível por Rui Rio implique a substituição de futuros ministros e secretários de Estado – redundou na sistemática eliminação de praticamente todos os deputados que criticaram a liderança ao longo dos últimos anos, sem esquecer a exclusão daqueles que mais recentemente se afastaram do presidente reeleito, apoiando a candidatura de Paulo Rangel nas eleições diretas que Rio venceu com o voto de 52,43% dos militantes.

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