[weglot_switcher]

Riopele lança marca ‘verde’ e tecnológica de vestuário, 100% reciclada

A Riopele fechou 2016 com uma faturação de 70,1 milhões de euros, dos quais 98% foram gerados nas exportações, emprega 1.100 pessoas e completa, este ano, 90 anos de atividade.
28 Novembro 2017, 15h42

A Riopele, uma reconhecida empresa têxtil nacional, vai lançar a nível global uma nova marca de vestuário, ‘verde’ e tecnológica, com base em tecido produzido com matéria-prima 100% reciclada.

Após dois anos de ‘investigação pura’, a Riopele lança no mercado a marca inovadora Tenowa.

“A Tenowa corporiza a produção de tecidos funcionais inovadores com incorporação de ingredientes extraídos de resíduos agroalimentares (como os provenientes das indústrias das carnes), para obtenção da funcionalidade de neutralização de odores e outras propriedades valorizáveis no acabamento têxtil (antimicrobiano, prebiótico, antioxidante, anti-estático, toque melhorado)”, destaca um comunicado da Câmara Municipal de Famalicão, onde a Riopele está sedeada.

A nova marca foi apresentada em Portugal, na passada sexta-feira, 24 de novembro, nas instalações da Riopele, onde o administrador José Alexandre Oliveira recebeu o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, numa iniciativa que coincidiu com mais uma jornada do Roteiro pela Inovação de Famalicão, promovido pela autarquia local.

Apesar de o projeto terminar no final deste mês de novembro, José Alexandre Oliveira garantiu que a Tenowa não terminou a sua fase de investigação e desenvolvimento, assegurando o investimento e a continuidade futura.
No projeto da Tenowa, a Riopele contou com a colaboração da Universidade Católica, do CeNTI e do CITEVE para ultrapassar os desafios a que se propôs ao longo destes dois anos de ‘investigação pura’, como sublinhou Albertina Reis, diretora de I&D da empresa.

Um vestido da autoria do designer Nuno Baltazar foi o primeiro sinal exterior da Tenowa, que resulta do projeto R4Textiles, cofinanciado pelo Compete 2020.

Paulo Cunha distinguiu o carácter inovador sempre associado à Riopele e elogiou a adoção de medidas ecológicas e que reduzem os impactos ambientais, na perspetiva de uma indústria sustentável assente na economia circular. “(…) Vimos um caso muito concreto de uma iniciativa empresarial cujo objetivo é alargar a cada vez mais produtos esta metodologia. Mais do que amigo do ambiente, este processo produtivo é amigo das gerações futuras porque está a reduzir a chamada pegada ecológica. O que significa que está a salvaguardar o direito ao futuro, e isso realmente é muito importante”, resumiu.
A Riopele fechou 2016 com uma faturação de 70,1 milhões de euros, dos quais 98% foram gerados nas exportações, emprega 1.100 pessoas e completa este ano 90 anos de atividade.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.