Risco de incumprimento pela subida das prestações. Quais as consequências?

De acordo com os dados do Banco de Portugal 1,4 milhões de famílias têm crédito à habitação, num valor global de 103 mil milhões de euros de saldo em dívida, sendo que 93% das quais com contratos de taxa variável indexada à Euribor.

Face a estes dados, é fácil entender a grande preocupação dos consumidores com crédito à habitação, que fizeram o seu crédito já no limite daquilo que podiam pagar, esticando ao máximo o seu orçamento, quando ouvem notícias sobre a subida das taxas de juros. Todos pretendem manter as prestações em dia e não correr o risco de incumprimento.

Porém, existem ainda muitos consumidores e famílias que desconhecem o que podem fazer para diminuir o risco de incumprimento e as consequências que a falta de pagamento pode desencadear.

Numa situação em que preveja que o seu orçamento ficará esmagado pelo pagamento da prestação do crédito à habitação, o consumidor deve agir e decidir falar com o seu banco.

Aconselhamos o consumidor a tentar negociar as condições contratuais por forma a baixar a prestação. Se o banco não mostrar abertura para a negociação ou não apresentar melhor oferta, poderá procurar outras instituições e analisar que condições oferecem.

Mas se a situação for já de incumprimento, o poder de renegociação do consumidor é claramente diferente, tendo de aguardar avaliação que o banco fará da sua situação e pela proposta que possa ser apresentada caso a instituição considere possível continuar com o bom cumprimento do crédito.

Neste cenário, o banco terá de integrar o consumidor no procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento (PERSI), cujo prazo e, em regra, de noventa dias. No decorrer do PERSI existe a salvaguarda de que o contrato, mesmo em incumprimento, não pode ser resolvido pela Instituição de crédito. Todavia, ao terminar o PERSI sem que exista uma renegociação do incumprimento, a situação do consumidor poderá complicar-se rapidamente.

Com o PERSI extinto e com o contrato em incumprimento, o banco poderá resolver o contrato e, intentar uma ação executiva para cobrança coerciva do valor total da dívida (capital mais juros). No âmbito dessa ação será nomeado um agente de execução responsável por proceder à penhora e venda judicial (através de leilão eletrónico) do imóvel onerado com a hipoteca.

Informe-se connosco.

Conte sempre com o nosso apoio. Informe-se e contacte o Gabinete de Proteção Financeira: 213 710 238 ou gas@deco.pt. Relate-nos o seu problema pela linha whatsapp 966 449 110. Visite o nosso site DECO.PT e siga-nos nas páginas de Facebook, Twitter, Instagram e Linkedin.

Recomendadas

Saiba como poupar água

O consumidor tem de ser responsabilizado pelo uso que faz da água e aprender a valorizá-la. Em Portugal, de acordo com o relatório anual dos serviços de águas e resíduos em Portugal (RASARP 2020), da ERSAR de 2020, são desperdiçados 188 mil milhões de litros de água nas redes de abastecimento.

Dia Mundial da Água. Como poupar água em casa?

Neste Dia Mundial da Água a UCI Portugal deixa algumas dicas para poupar água em casa.

CGD e PayPal avançam com parceria para os pagamentos digitais

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) acaba de estabelecer uma parceria com a PayPal, a fintech líder mundial em pagamentos digitais. Em resultado desta parceria, na aplicação Caixadirecta, os clientes podem agora associar os cartões de pagamento da Caixa à carteira digital da PayPal.
Comentários