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Riscos externos e abrandamento da economia: o que vai enfraquecer a concessão de crédito em 2019?

Moody’s Investors Service Global identifica as pressões externas como um fator de pressão, nomeadamente a escalada de tensão entre os Estados Unidos e a China, com impacto direto no aumento do risco comercial, político e geopolítico.
12 Novembro 2018, 15h52

As condições globais de crédito deverão abrandar em 2019, na sequência da desaceleração da economia, do aumento dos custos de financiamento e dos retornos da volatilidade dos mercados, segundo um relatório da agência de notação financeira Moody’s, publicado esta segunda-feira.

A Moody’s Investors Service Global identifica as pressões externas como um fator de pressão para a economia, nomeadamente a escalada de tensão entre os Estados Unidos e a China, com impacto direto no aumento do risco comercial, político e geopolítico.

“O abrandamento do crescimento económico dará lugar a condições de crédito globais ainda mais fracas em 2020, enquanto uma multiplicidade de riscos no horizonte estão a aumentar tanto em número como em severidade”, explica Elena Duggar, presidente do conselho macroeconómico da Moody’s.

A Moody’s antecipa que o crescimento económico irá desacelerar quer nas economias desenvolvidas quer nos mercados emergentes, ainda que crescimento seja sólido no primeiro grupo até 2019. No entanto, antevê que as tensões entre os EUA e a China irão reflectir-se além das disputas comerciais e que o Reino Unido poderá concretizar o Brexit sem um acordo com a União Europeia, enquanto a política interna em países como Itália, Brasil, Turquia e Argentina irá pesar nas perspetivas de crédito destes países.

“Endurecendo a política monetária, agravando as disputas económicas e um abrandamento da procura da China são três chaves principais que irão dominar as perspetivas de um crescimento mais lento”.

Sublinha ainda que o maior risco é a política comercial dos EUA, “que terá impactos setoriais e regionais significativos e poderá prejudicar a economia”, acrescentando que aumentar as disputas comerciais “criará incerteza em torno das decisões de investimento das empresas, moderação nos fluxos de comércio global e prováveis ​​mudanças nas cadeias de produção”.

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