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Rnters encaixa 1,2 milhões e muda de nome e negócio em prol da economia circular (com áudio)

“É um ‘rebranding’ total. Por total digo: mudança de nome, marca, tom de voz e um novo produto tecnológico”, sintetiza ao Jornal Económico o empreendedor Guilherme Guerra, cofundador e CEO.
22 Junho 2022, 09h00

Adeus, Rnters. Olá, Flecto. “É um rebranding total. Por total digo: mudança de nome, marca, tom de voz e um novo produto tecnológico”, sintetiza ao Jornal Económico o empreendedor Guilherme Guerra, cofundador e CEO. A famosa startup dos alugueres renasceu e, ao angariar 1,2 milhões de euros numa ronda de investimento, fez uma mudança da qual só ficaram os investidores, a equipa e a base do negócio.

Então, o que motivou a criação da Flecto? Após quatro anos de Rnters, em 2020, os fundadores do marketplace para alugar artigos (telemóveis, pranchas de surf, consolas, tendas de campismo…) aperceberam-se de que o produto já estava a ser utilizado por empresas de aluguer, como uma espécie de ‘Shopify para alugueres’.

“Quando nos apercebemos de que as empresas já estavam a usar a Rnters para terem canais de venda online e para gerirem o seu inventário vimos que havia uma oportunidade. E que a nossa plataforma era um ótimo ponto de partida para resolver os principais problemas da indústria de aluguer de equipamento, tanto no que toca à segurança, à digitalização de processos, como à criação de lojas online”, diz o cofundador e CEO da Flecto, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

“Foi isto que impulsionou a transformação de um marketplace de aluguer peer-to-peer para uma plataforma onde as empresas podem gerir operações de aluguer e alavancar as vendas através de uma loja online. Há cada vez mais empresas e pessoas à procura de modelos alternativos à compra e venda: só precisam das ferramentas certas para entrarem na Economia Circular”, explicou Guilherme Guerra. Assim nasce esta plataforma virada para as organizações (B2B), que pretende simplificar as operações de aluguer dos retalhistas.

O financiamento de 1,2 milhões de euros, que foi liderado pelas sociedades de capital de risco MSM, Übermorgen e Techstars, junta-se assim aos mais de 12o mil euros encaixados pela empresa fundada em 2016 e permitir-lhe-á transpor o modelo de negócio de “centenas de empresas” que pretendem investir na economia circular ou implementar/testar um formato de subscrição e aluguer de produtos.

“As tradicionais empresas de retalho procuram cada vez mais modelos circulares, não só pela preocupação ambiental, mas por ser um mercado lucrativo, de grande fidelização e recorrência dos clientes. A Flecto nasce de forma a permitir que estas empresas iniciem operações de aluguer junto dos seus clientes, acelerando o seu processo de adaptação a modelos mais sustentáveis e que vão de encontro a uma nova geração de consumidores, que privilegia mais o acesso do que a posse”, esclarece a startup.

Através da Flecto, qualquer marca pode oferecer uma alternativa à compra, tendo inclusive acesso a uma apólice de seguro profissional para proteção dos itens. À data, contabilizam-se mais de 150 clientes entre os quais a Click and Play Rent, a Comercial Foto e a Lisboa Autêntica, que recorrem a esta plataforma digital para disponibilizar artigos para alugar (material fotográfico e de vídeo, sistemas de som ou luz, computadores, drones ou bicicletas…).

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