Rodrigo Pacheco reeleito presidente do Senado do Brasil

Apesar de não ser do Partido dos Trabalhadores, o candidato eleito era apoiado pelo novo presidente Inácio Lula da Silva.

Rodrigo Pacheco foi reeleito presidente do Senado do Brasil para os próximos dois anos e prometeu lutar pela pacificação do país e não se “calar diante de atos antidemocráticos”.

Numa votação em que não houve votos em branco, Rodrigo Pacheco do (Partido Social Democrático) obteve 49 votos contra 32 do senador Rogério Marinho, que pertence ao Partido Liberal, do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

O terceiro candidato, Eduardo Girão, minutos antes da votação desistiu da sua candidatura e anunciou o voto a Rogério Marinho.

Desde antes da posse, o Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva decidiu apoiar as recandidaturas dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nas eleições internas do Parlamento, apesar de nenhum deles pertencer ao seu partido (Partido dos Trabalhadores).

No seu discurso de vitória, Rodrigo Pacheco enfatizou que o “Senado federal também precisa de pacificação” e apelou os senadores a colocarem o interesse do país “além de questões partidárias”.

O senador apelou ainda à pacificação do país, altamente polarizado e que no dia 08 de janeiro foi palco de um ataque por parte de radicais bolsonaristas às sedes dos três poderes em Brasília.

Contudo, avisou, “pacificação não significa omissão, não é inflamar a população”, nem tão pouco “se calar diante de atos antidemocráticos”.

“A Polarização tóxica precisa ser erradicada do nosso país”, frisou, assim como o “discurso de ódio, da mentira, o discurso golpista” tem der ser “combatido, por todos, “sem exceções”.

Em paralelo decorre a votação para presidente da Câmara dos Deputados, onde Arthur Lira deverá vencer.

Hoje tomaram posse 513 deputados federais e 27 senadores, na sequência das suas vitórias nas eleições gerais de outubro de 2022.

No geral, o novo Parlamento brasileiro tem um perfil conservador dominado por sigla de centro-direita como o Partido Liberal (PL), União Brasil, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Social Democrático (PSD), o Progressistas (PP) e o Republicanos e uma frente de esquerda que apoia o Governo, que é minoritária.

O PL de Jair Bolsonaro saiu reforçado nas eleições gerais realizadas em outubro passado, conseguiu eleger 99 dos 513 deputados federais eleitos, contando ainda com 12 senadores (de um total de 81).

Já o Partido dos Trabalhadores (PL) de Lula da Silva é a segunda força com 68 deputados. As siglas de esquerda que apoiam Lula da Silva somam apenas 124 membros na Câmara dos Deputados e formam uma bancada também minoritária no Senado.

No senado, o PSD será o maior partido com 15 senadores, seguido do PL com 12,  MDB e União com 10 cada um, sendo que o PT, de Lula da Silva, surge com nove senadores.

Na quinta-feira, às 15h00 (18h00 em Lisboa), segundo a agência Brasil haverá uma sessão solene de abertura do ano legislativo, marcada pela leitura de uma mensagem por parte de Lula da Silva sobre as propostas consideradas prioritárias pelo Poder Executivo.

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