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Roubo de identidade nos videojogos vale mais de 280 milhões de euros no final de 2020

Estudo à escala mundial da consultora Kaspersky inquiriu mais de cinco mil jogadores de videojogos em 18 países e apurou as situações de risco que o universo dos videojogos proporciona.
6 Janeiro 2021, 18h05

Um em cada dez jogadores de videojogos já foi vítima de roubo de identidade, de acordo com um estudo ao universo dos videojogos em 18 mercados, encomendado pela consultora Kaspersky à Savanta, publicado esta quarta-feira. O estudo refere que 12% dos gamers já viu a sua identidade ser usurpada, o que poderá equivaler a um custo total de 347 mil milhões de dólares (282 mil milhões de euros), no final de 2020.

O valor calculado teve por base um inquérito a 5.031 jogadores em 18 países (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Itália, México, Peru e Turquia), em novembro de 2020, partindo do pressuposto que uma conta de Steam (software que garante acesso a plataformas digitais de videojogos) vale 1.936 dólares, em média.

O roubo de identidade, contudo, não é a principal queixa dos games. À questão ‘já alguma vez foi vítima de alguma das seguintes situações enquanto jogava?’, 33% dos inquiridos afirmaram ter sofrido nas mãos de “indivíduos enganadores” ou cheaters (batoteiros) e 31% admitiram já ter sofrido stress ou ansiedade com videojogos.

O stress ou a ansiedade causada pelos videojogos “é preocupante” para a Kaspersky, “uma vez que o alívio do stress é o principal motivo (62%) que leva os inquiridos a jogar, bem como a adrenalina que sentem (62%) e a amizades que estabelecem (46%)”.

Acresce que 21% dos jogadores também já foi vítima de esquemas e 19% revelaram ter sido vítima de bullying enquanto jogavam. O problema do bullying no universo dos videojogos tem “maior destaque em países como a Rússia (44%), Turquia (28%), Arábia Saudita (27%) e EUA (27%)”.

E 18% dos inquiridos referiram que já perderam ou lhe foram roubados “elementos de valor do jogo”. Acresce, ainda, o facto de 28% dos inquiridos terem garantido que nunca sofreram nenhuma das situações já descritas.

De acordo com a multinacional especialista em cibersegurança, estas situações podem ser evitadas seguindo sete recomendações: comprar jogos em fontes oficiais; confirmar sempre os “grandes descontos” junto das lojas oficiais; verificar a política de devolução das lojas; utilizar um cartão exclusivo para compras online; utilizar uma ligação de internet segura; proteger as contas com softwares próprios; proteger os dispositivos onde joga de vírus.

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