Um em cada dez jogadores de videojogos já foi vítima de roubo de identidade, de acordo com um estudo ao universo dos videojogos em 18 mercados, encomendado pela consultora Kaspersky à Savanta, publicado esta quarta-feira. O estudo refere que 12% dos gamers já viu a sua identidade ser usurpada, o que poderá equivaler a um custo total de 347 mil milhões de dólares (282 mil milhões de euros), no final de 2020.
O valor calculado teve por base um inquérito a 5.031 jogadores em 18 países (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Itália, México, Peru e Turquia), em novembro de 2020, partindo do pressuposto que uma conta de Steam (software que garante acesso a plataformas digitais de videojogos) vale 1.936 dólares, em média.
O roubo de identidade, contudo, não é a principal queixa dos games. À questão ‘já alguma vez foi vítima de alguma das seguintes situações enquanto jogava?’, 33% dos inquiridos afirmaram ter sofrido nas mãos de “indivíduos enganadores” ou cheaters (batoteiros) e 31% admitiram já ter sofrido stress ou ansiedade com videojogos.
O stress ou a ansiedade causada pelos videojogos “é preocupante” para a Kaspersky, “uma vez que o alívio do stress é o principal motivo (62%) que leva os inquiridos a jogar, bem como a adrenalina que sentem (62%) e a amizades que estabelecem (46%)”.
Acresce que 21% dos jogadores também já foi vítima de esquemas e 19% revelaram ter sido vítima de bullying enquanto jogavam. O problema do bullying no universo dos videojogos tem “maior destaque em países como a Rússia (44%), Turquia (28%), Arábia Saudita (27%) e EUA (27%)”.
E 18% dos inquiridos referiram que já perderam ou lhe foram roubados “elementos de valor do jogo”. Acresce, ainda, o facto de 28% dos inquiridos terem garantido que nunca sofreram nenhuma das situações já descritas.
De acordo com a multinacional especialista em cibersegurança, estas situações podem ser evitadas seguindo sete recomendações: comprar jogos em fontes oficiais; confirmar sempre os “grandes descontos” junto das lojas oficiais; verificar a política de devolução das lojas; utilizar um cartão exclusivo para compras online; utilizar uma ligação de internet segura; proteger as contas com softwares próprios; proteger os dispositivos onde joga de vírus.
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