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Rui Moreira: “Não passo um cheque em branco à Associação Nacional de Municípios”

Segundo Rui Moreira a Associação Nacional de Municípios Portugueses não tem representado “devidamente” os interesses do Porto.
12 Abril 2022, 12h17

O autarca do Porto, Rui Moreira, admite estar do lado da descentralização, ainda assim garante que quer negociar diretamente com o Governo e que não passa cheques em branco à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“Numa fase em que há ainda a hipótese de rever a questão da educação, em que nós até ao fim do ano vamos ter a questão da revisão social e vamos ter a questão da saúde, eu quero ter a possibilidade de negociar diretamente com o Governo. Eu não passo um cheque em branco à Associação Nacional de Municípios, que a meu ver não nos tem representado devidamente”, referiu Rui Moreira aos jornalistas.

As declarações surgem depois de ter sido noticiado que Rui Moreira vai avançar com uma proposta para que a autarquia portuense deixe de fazer parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Rui Moreira admite estar a favor “de uma descentralização”, mas nos seus próprios termos. Para o autarca era necessário “haver uma delegação de competências efetiva, ou seja ficarmos com a capacidade de tomar decisões que interessam aos cidadão e ao mesmo tempo que esse descentralização fosse acompanhada do envelope financeiro respetivo”.

O líder da câmara do Porto lembrou que “aquilo que aconteceu foi no seguimento da cimeira de Sintra que juntou as duas áreas metropolitanas e com grande consenso do Governo houve uma reunião entre a Associação Nacional de Municípios e na altura também o PSD e as bases que tinham sido definidas foram desvinculadas”

“Desde aí temos chamado à atenção para aquilo que parece uma vertigem porque o trabalho não foi bem feito, não foram feitos os levantamentos necessários”, Sublinhou Rui Moreira, acrescentando que “continuamos a ter um processo de descentralização que não nos passa competências, passa-nos tarefas e muitas verbas envolvidas não cobrem o minimamente aquilo que é a despesa que vai passar para os municípios”.

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