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Rui Rio critica Governo pelo aumento de salário de CEO da TAP

“O que um Governo de esquerda, que se diz sempre preocupado com os mais desfavorecidos, aprova em matéria salarial numa empresa falida que só sabe viver de mão estendida para o contribuinte”, apontou o líder do PSD nas redes sociais.
29 Dezembro 2020, 14h26

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio criticou o Governo pelo aumento de salário do CEO interino da TAP, Ramiro Sequeira esta terça-feira, 29 de dezembro.

“O que um Governo de esquerda, que se diz sempre preocupado com os mais desfavorecidos, aprova em matéria salarial numa empresa falida que só sabe viver de mão estendida para o contribuinte. O tal que suporta a brutal carga fiscal”, apontou Rui Rio.

Ramiro Sequeira passou a receber 35 mil euros brutos por mês com a transição para o cargo de CEO interino da TAP. Antes, quando era COO da TAP ganhava 17 mil euros. Segundo o “Eco”, o Governo teve conhecimento do aval às alterações. Contudo, os valores não se aproximam do que ganhava o antigo CEO, Antonoaldo Neves, 45 mil euros brutos por mês.

Apesar da quantia avultada, a 15 de dezembro o Jornal Económico noticiou que o conselho de administração e comissão executiva iria ter um corte salarial de 30%. “Os órgãos sociais vão ter um corte superior a qualquer trabalhador, vão ter um corte de 30%”, referiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos no Parlamento.

“Obviamente não podiam deixar também de passar por este esforço que é pedido a toda a companhia, e é pedido um peso maior aos trabalhadores mais bem pagos da companhia, 30%”, destacou Pedro Nuno Santos em resposta ao partido Pessoas Animais Natureza (PAN).

Tendo em conta o aumento salarial, esta terça-feira, o PSD questionou o Governo esta sobre a decisão de aumentar os salários a três administradores da TAP. Em comunicado, o PSD perguntou ao Governo “se confirma os valores que forma tornados públicos” e “se já deu ou vai dar orientações para que esta decisão seja revertida com caráter imediato e efeitos retroativos, se for o caso”.

Os deputados Afonso Oliveira, Cristóvão Norte, Carlos Silva e restantes membros da comissão de economia do PSD classificaram este cenário como “deplorável”.

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