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Rússia acusa rebeldes de bloquearem “trégua humanitária” na Síria

A Rússia acusa os rebeldes anti-regime de serem os responsáveis pela falha do cessar-fogo e pede apoio aos Estados Unidos para garantir a evacuação da região e a prestação de assistência médica aos civis.
28 Fevereiro 2018, 10h13

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, garantiu esta quarta-feira que Moscovo continua empenhado em estabelecer uma “trégua humanitária” diária em Ghouta Oriental. Sergei Lavrov acusa os rebeldes anti-regime de serem os responsáveis pela falha do cessar-fogo e pede apoio aos Estados Unidos para garantir a evacuação da região e a prestação de assistência médica aos civis.

“A Rússia, em conjunto com o Governo sírio, já anunciou o estabelecimento de corredores humanitários em Ghouta Oriental”, afirmou Sergei Lavrov ao conselho de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Agora, é a vez dos militares rebeldes e dos seus patrocinadores atuarem”, sublinhou.

O governante russo indica que os ‘militares das trincheiras’ continuam a bombardear Damasco e a bloquear o acesso das organizações humanitárias para prestarem assistência médica e entregarem alimentos. A Rússia pede, por isso, aos Estados Unidos que “desbloqueiem” o acesso humanitário às áreas sob seu controlo.

“Convocamos os membros da chamada coligação norte-americana para garantir que o acesso humanitário às áreas sob seu controlo, incluindo o campo de refugiados de Rukban e todo o território que rodeia al-Tanf”, afirmou Sergei Lavrov, garantindo que vai continuar luta pela derrota total da “ameaça terrorista”.

A ONU afirmou esta terça-feira que o cessar-fogo de cinco horas imposto pela Rússia na região de Ghouta, na Síria, não está a ser cumprido. Vários analistas acreditam que as tréguas anunciadas são uma “farsa” e lembram o que aconteceu em Aleppo, quando o Governo sírio, apoiado pela Rússia, aproveitou o cessar-fogo para retomar posições estratégicas na região.

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