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Rússia bane imagem “extremista” de Putin

Imagem surgiu nas redes sociais depois de, em 2013, o presidente russo Vladimir Putin ter decretado a proibição a todo o tipo de propaganda homossexual.
6 Abril 2017, 17h24

O Tribunal de Justiça russo baniu oficialmente a fotografia utilizada pelos ativistas e defensores de direitos humanos onde o presidente do país, Vladimir Putin, é retratado como um palhaço gay. O tribunal entende que a imagem tem como princípio insinuar “uma orientação sexual fora do padrão” da parte de Putin e exige que seja removida de todo o tipo de atos públicos de manifestação com as políticas adotadas pelo presidente.

“Com maquilhagem no rosto, lábios e pestanas pintados, a imagem semelhante a Vladimir Putin serviu, como era intenção do autor, de indicação para a alegada orientação sexual não padrão do presidente da Federação Russa”, assinala o Tribunal de Justiça russo no acórdão de decisão, citado esta quinta-feira pela Radio Free Europe.

Divulgada como forma de protesto por Aleksandr Tsvetkov na rede social russa Vkontakte, a imagem apareceu na sequência de um decreto interposto por Vladimir Putin que proibiu todo o tipo de propaganda homossexual. A imagem foi rapidamente difundida noutras redes sociais e motivou um processo criminal instaurado contra Aleksandr Tsvetkov, acusado de alimentar o discurso de ódio e ridicularizar “o look macho” do presidente.

A imagem foi incluída na lista federal de “materiais extremistas”, que nos últimos anos, tem vindo a ganhar volume. As autoridades russas declararam guerra aberta a todo o tipo de material considerado abusivo e de mau gosto e desde então, entre propaganda à supermacia branca ou a sites jihadistas, estão referenciados mais de 4 mil imagens e cartazes.

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