Os Nord Stream registaram fugas esta semana e a Rússia e o Ocidente trocam acusações sobre quem foi o culpado pelo sucedido.
Sergei Naryshkin, chefe da agência de inteligência estrangeira da Rússia, citado pelo “Live Mint”, acusou o Ocidente de fazer “tudo o que podia” para encobrir os responsáveis daquilo que Moscovo classificou como “ataque terrorista” aos gasodutos do Mar Báltico entre a Rússia e a Europa.
Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin culpou nesta sexta-feira os Estados Unidos e os seus aliados pelas explosões, num discurso esta sexta-feira que esteve focado da anexações de quatro regiões ucranianas. “As sanções não foram suficientes para os anglo-saxónicas: passaram para a sabotagem”, disse Putin, segundo a “Reuters”.
“Começaram a destruir a infraestrutura energética pan-europeia”, sublinhou Putin, acrescentando que está “claro para todos que beneficiam disso”.
A sabotagem é a causa mais provável das fugas em dois gasodutos do Mar Báltico entre a Rússia e a Europa, indicaram os diversos líderes europeus na terça-feira, depois de sismólogos relatarem explosões nos gasodutos Nord Stream.
A presidente da Comissão Europeia também falou em “sabotagem” como sendo a causa para as fugas e ameaçou com a “resposta mais forte possível” a qualquer interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia.
Fotografias tiradas pelos militares dinamarqueses mostraram grandes áreas com bolhas à superfície da água, vindas de três fugas nas zonas económicas da Suécia e da Dinamarca ao norte da Polónia, de 200 a mil metros.
Uma das fugas no Nord Stream 1 ocorreu na zona económica dinamarquesa e o outro na zona económica sueca, enquanto a fuga do Nord Stream 2 ocorreu na zona económica dinamarquesa.
Desde logo, a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen apontou que “não estamos perante um acidente” e o primeiro-ministro da Polónia Mateusz Morawiecki disse que as fugas foram um ato de sabotagem que “provavelmente marca o próximo passo da escalada da situação na Ucrânia”.
Na Ucrânia, o líder Volodomir Zelensky considerou que as fugam “não passam de um ataque terrorista planejado pela Rússia e um ato de agressão à UE”.
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