Entre 14 e 20 de setembro, a Rússia levará a cabo os exercícios militares Zapad, o que tem feito com que parte das forças armadas daquele país se tenha deslocado para Ocidente, tendo como destino a zona que fica entre a Rússia Ocidental, o enclave russo de Kaliningrado e a Bielorrússia. Mas a movimentação de milhares de tropas russas não deixa os países circundantes indiferentes e há quem acredite que este pode ser um movimento ofensivo das tropas russas.
A agitação é tal que o vice-ministro da Defesa russo, Aleksandr Fomin, se viu na obrigação de negar, esta terça-feira, que os exercícios sejam “uma plataforma de preparação para a ocupação” da Lituânia, Polónia ou Ucrânia, reporta a Reuters. Segundo Fomin, citado pela agência, cerca de 13 mil militares vão participar nestes exercícios, o que respeita as regras internacionais, e estes exercícios terão um caráter puramente defensivo.
No entanto, a Reuters adianta que os analistas internacionais não acreditam nestas informações. Em primeiro lugar porque calculam que o número de militares envolvidos nestes exercícios ultrapasse os 100 mil. Em segundo lugar, porque esta não seria a primeira vez que a Rússia usava exercícios militares para esconder outras “movimentações”, com aconteceu em 2014 com a anexação da Crimeia.
Ao mesmo tempo, o governo bielorrusso garantiu que, terminados os exercícios, todas as tropas e equipamentos envolvidos regressarão à Rússia, contrariando alguns temores que a Reuters aponta de que as tropas envolvidas não regressarem na totalidade aos seus quartéis.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, já veio a público avisar que estará atento aos exercícios militares russo, não havendo ordem de deslocação de tropas para próximo dos locais onde os mesmos se irão desenrolar.
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