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Rússia nega acidente nuclear mas foram detetados níveis de radioatividade mil vezes acima do normal

Foram detectados níveis anormalmente elevados de ruténio-106, mas as autoridades russas garantem que nada aconteceu.
21 Novembro 2017, 19h36

A Rússia nega a ocorrência de um acidente nuclear no seu território, depois de terem sido detectados níveis anormalmente elevados de radioatividade que motivaram os receios e a especulação um pouco por todo o mundo.

Segundo o serviço meteorológico russo Roshydrome, foram detectados níveis mil vezes superiores ao normal de ruténio-106 na região dos Montes Urais, adiantando que não existem riscos para a saúde. A 9 de novembro, o Instituto para a Radioproteção e Segurança Nuclear de França detetou a presença do mesmo material em França, colocando a possibilidade da origem do mesmo estar num acidente de uma central nuclear na Rússia ou no Cazaquistão.

A central nuclear de Mayak, junto aos Urais, já veio desmentir que tenha sido palco de um acidente, e a agência nuclear russa Rosatom assegura que “não ocorreram quaisquer acidentes não reportados” em “qualquer central nuclear”.

O que é o ruténio-106?

O material detectado é a forma radioativa do metal pesado ruténio, um material semelhante à platina. Segundo disse ao Guardian Neil Hyatt, um professor de química de materiais nucleares da universidade de Sheffield, “este isótopo resulta da reciclagem de combustível nuclear”, tendo “uma vida curta” não se tratando assim “de um perigo para a saúde baseado no que sabemos até ao momento”.

 

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