A Ryanair anunciou que vai reduzir o número de voos e fechar bases aeroportuárias devido a atrasos na encomenda de aeronaves 737 MAX da Boeing, revela o ‘The Guardian’, esta terça-feira.
Uma das maiores companhias low-cost da Europa tinha anunciado a encomenda de 135 aviões 737 MAX da Boeing, o mesmo modelo que causou a morte a 346 pessoas. No entanto, o fabricante ainda não conseguiu convencer os reguladores norte-americanos e europeus que as alterações realizadas no software defeituoso são as suficientes para a segurança do avião.
Assim, a Ryanair revelou que vai reduzir o número de voos já este verão, e já avançou que espera transportar 157 milhões de passageiros até março de 2021, em vez dos 162 milhões de passageiros que estavam previstos, reduzindo assim o crescimento de 7% para 3%.
A companhia aérea admitiu que o atraso nas entrega significa “alguns cortes e encerramento de bases” durante o inverno e verão do próximo ano. Assim, a Ryanair já começou a entrar em contacto com aeroportos mundiais para saber quais poderão encerrar, já a partir de novembro.
Michael O’Leary, chefe-executivo da Ryanair afirmou que “a Ryanair continua comprometida com a aeronave 737 MAX”, esperando que a empresa “possa retomar os voos antes do fim de 2019, ainda que a data de regresso ainda seja incerta”. A operadora encomendou a versão com 197 assentos, e espera receber sua primeira aeronave em janeiro ou fevereiro de 2020.
“A Ryanair vai continuar a trabalhar com a Boeing e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) para recuperar dos atrasos de entrega, para que possamos restaurar o nosso crescimento para níveis normais no verão de 2021”, esclareceu Michael O’Leary.
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