A Ryanair quer que a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, explique por que as companhias aéreas low cost “prejudicariam a economia portuguesa” quando afirmou numa entrevista ao Jornal de Negócios que preferia que as mesmas não ficassem com os 18 slots diários que a companhia portuguesa tem de ceder no aeroporto Humberto Delgado.
Em comunicado, o CEO da companhia aérea irlandesa, Michael O’Leary, acusou a dirigente da transportadora nacional de espalhar informações falsas e de saber “menos sobre economia do que sobre administrar uma companhia aérea lucrativa”.
“Numa altura em que as viagens aéreas e as economias de toda a Europa estão a recuperar com as baixas tarifas da Ryanair, deve agora explicar porque está a absorver três mil milhões de euros de auxílios estatais em Portugal, enquanto oferece menos voos, tarifas mais altas e bloqueia slots não utilizados na Portela de Lisboa para bloquear a concorrência, a escolha e limitar a recuperação da economia portuguesa e lisboeta”, afirmou.
Para Michael O’Leary, o Estado devia reembolsar o investimento que fez na TAP, que tem “tarifas elevada e repetidamente deficitárias”, aos contribuintes portugueses.
“Se a CEO da TAP puder explicar porque é que as altas tarifas e os milhares de milhões de Auxílios do Estado são ‘melhores’ para os portugueses, então vamos dar-lhe voos Ryanair gratuitos durante um ano”, atirou, no fim da nota.
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