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Ryanair regressa a níveis pré-pandemia, mas prejuízos podem atingir 400 milhões

A Ryanair indica que já retomou alguns valores pré-pandémicos mas que ainda se encontra longe do pico de 2019.
4 Abril 2022, 11h50

A Ryanair está quase a deixar o período pandémico para trás. A companhia aérea irlandesa encerrou o ano de 2021, uma vez que o exercício fiscal terminou em março, com um um prejuízo significativo de até 400 milhões de euros mas o número de passageiros regressou a níveis pré-pandémicos, aponta a “Reuters”.

A companhia aérea liderada por Michael O’Leary informou que o ano terminou com um prejuízo financeiro entre os 350 e os 400 milhões de euros. Esta estimativa ainda inicial apresenta uma ligeira melhoria face à expectativa de perder entre 250 e 450 milhões de euros.

À “Reuters”, o CEO da low-cost irlandesa mostrou-se confiante com os valores perspetivados para o próximo ano. Dependendo da recuperação do tráfego e das tarifas, que se estimam subir agora por causa do conflito armado na Ucrânia, O’Leary defendeu que a companhia aérea está colocada nas nuvens para melhorias nas previsões económicas.

Os resultados financeiros só serão apresentados a 16 de maio mas a Ryanair já mostra sinais de recuperação na atividade operacional.

A Ryanair indica que já retomou alguns valores pré-pandémicos mas que ainda se encontra longe do pico de 2019. Só em março do presente ano, a companhia aérea transportou 11,2 milhões de passageiros, um valor que compara com os 500 mil de 2021 e 10,9 milhões de março de 2019. Segundo a low-cost, esta é a primeira vez que transportou tantos passageiros num determinado mês desde a pandemia.

Este valor já inclui o impacto da invasão da Ucrânia, que levou ao cancelamento de dois mil voos e a suspensão da atividade na Ucrânia. No entanto, a Ryanair mostra que o tráfego do ano inteiro superou os 97 milhões de passageiros, acima dos 27,5 milhões do ano passado mas abaixo dos 149 milhões de 2019.

“O balanço da Ryanair é um dos mais fortes do nosso sector”, sustentou a companhia de aviação low-cost. Em outras notas positivas, a dívida líquida da Ryanair reduziu-se de 2,3 para 1,5 mil milhões de euros, confirmando então a recuperação.

No entanto, e apesar de todas as marcas positivas para o ano passado, Michael O’Leary vincou que a Páscoa será “crítica” para definir a taxa de ocupação, atualmente em 87%. Por ser após o fecho do exercício fiscal, a Ryanair utiliza o feriado da Páscoa para medir o início do balanço anual.

De relembrar que a Ryanir suspendeu, em protesto, um total de 19 rotas no verão em Lisboa, um valor que pode representar a perda de cinco mil voos e 150 empregos. A suspensão foi decretada, depois de um ultimato, por o Governo português não desbloquear os slots pertencentes à TAP, que por ordem da Comissão Europeia tem de largar.

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