“Precisamos que adotem uma estratégia mais razoável no mercado laboral em Portugal”, solicitou o CEO da Ryanair, Michael O’Leary durante o Webinar “Haverá retoma sem transporte aéreo?”, promovido pelo JE e pela consultora BDC.
O’Leary integrou o painel “Presente e futuro do setor”, moderado pelo diretor-adjunto do Jornal Económico, Shrikesh Laxmidas, em que participarem igualmente António Moura Portugal, advogado da DLAPIPER e diretor-executivo da RENA, Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, Miguel Frasquilho, Chairman da TAP e José Luís Arnaut, Chairman da ANA – Aeroportos de Portugal.
“Por favor, vejam-se livres dessas equipas idióticas de inspetores do trabalho”, referiu o CEO da Ryanair, falando em vídeo conferência a partir do aeroporto de Dublin, num dia que disse ser “chuvoso e frio”.
“Fechamos acordos importantes com os nossos pilotos portugueses e restabelecemos 99% das tripulações de cabina, mas continuamos a ser fiscalizados por equipas de inspetores que nos irritam permanentemente para confirmarem as nossas condições de trabalho”, queixou-se o CEO da Ryanair. “Durante o confinamento, quando não havia voos, os inspetores de trabalho portugueses passavam o tempo nas nossas instalações a pedirem-nos documentação laboral”, comentou O’Leary.
No conjunto das propostas que dirigiu ao mercado português, Michael O’Leary pediu aos responsáveis portugueses que “desçam as taxas aeroportuárias, abram o aeroporto do Montijo, retirem à TAP os slots que essa companhia não vai utilizar e redistribuam esses slots às companhias aéreas que precisam deles, poupem os 3000 milhões que vão enfiar na TAP e todos nós, companhias de aviação, todos unidos, conseguiremos promover uma retoma muito vigorosa do trafego aéreo para Portugal no verão e no inverno de 2021, de forma a que o mercado português possa liderar a retoma do transporte aéreo de passageiros na Europa, deixando para trás a crise da Covid-19”.
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