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Saiba o que fazer para se proteger da subida da Euribor

Se tem crédito habitação com taxa variável, comece por verificar no extrato mensal que recebe do banco se o seu crédito habitação tem taxa de juro variável indexada à Euribor. A taxa de juro do crédito habitação, a TAEG, resulta do somatório da Euribor (a 3, 6 ou 12 meses) e do spread (lucro do banco). Consulte o mercado e verifique qual o spread que está a ser praticado. Se tiver um spread elevado negoceie com o banco para o tentar baixar.
24 Maio 2022, 06h45

A Euribor tem estado em terreno negativo nos últimos 6 anos, mas a situação alterou-se e as previsões mais recentes indicam que poderá subir até ao fim de 2022 para 0,50% e para 0,90% em 2023. Seja qual for o cenário as famílias devem estar preparadas para acomodar no seu orçamento eventuais subidas da Euribor.

 

 Se tem crédito habitação com taxa variável siga os passos seguintes:

 Comece por verificar no extrato mensal que recebe do banco se o seu crédito habitação tem taxa de juro variável indexada à Euribor. A taxa de juro do crédito habitação, a TAEG, resulta do somatório da Euribor (a 3, 6 ou 12 meses) e do spread (lucro do banco). Consulte o mercado e verifique qual o spread que está a ser praticado. Se tiver um spread elevado negoceie com o banco para o tentar baixar.

Calcule a taxa de esforço, ou seja, o peso dos créditos no seu rendimento líquido. Deverá ser preferencialmente inferior e 35%. Se ultrapassar pode ser um sinal de alerta e deve tentar renegociar os seus créditos.

Confirme quantos anos faltam para acabar de pagar o seu crédito à habitação. Se faltarem poucos anos pode não valer a pena fazer alterações.

Faça uma pesquisa de mercado, peça simulação a outros bancos para a possibilidade de transferências do seu crédito habitação e compare. Com o “seu” banco esta negociação pode ser mais difícil. Peça a FINE – Ficha de Informação Normalizada e compare a TAEG – Taxa Anual Efetiva Global e o MTIC – Montante Total Imputado ao consumidor. Quanto mais baixos forem, menos pagará.

 

A maturidade dos empréstimos também é importante, pois, quanto maior for o prazo, mais baixa será a prestação. Mas lembre-se que o Banco de Portugal aponta para um prazo máximo de 30 anos para quem tiver mais de 30 anos de idade.

 

Transferir o crédito à habitação para outro banco pode trazer custos, mas poderá negociar com o banco a assunção, pelo menos parcial, desses custos, a que alguns estão abertos para conseguir captar clientes.

 

Tendo a taxa variável do crédito deverá, desde já, criar um fundo de reserva que lhe permita acomodar futura subida da Euribor, sem percalços. Caso tenha algumas poupanças (ou um PPR) equacione a possibilidade de efetuar uma amortização parcial do empréstimo, embora tenha custos associados (exceto numa situação de desemprego ou de deslocação por razões profissionais). Se tiver outros créditos e uma eventual subida da Euribor colocar risco de incumprimento, tente antecipadamente renegociar os seus empréstimos com os credores e promover uma solução satisfatória conjuntamente, o que está aliás previsto na lei.

 

Peça ajuda da DECO para avaliar a sua situação financeira pessoal

Esteja atento aos sinais de risco e não deixe para amanhã uma avaliação da sua situação financeira e a tomada de medidas que minimizem o impacto da subida das taxas de juro dos seus empréstimos.

 

 Conte com o apoio da DECO MADEIRA através do número de telefone 968 800 489/291 146 520, do endereço eletrónico deco.madeira@deco.pt. Pode também marcar atendimento via Skype. Siga-nos nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube!

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