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Saída do mercado russo poderá custar até três milhões de dólares por dia à Apple

Os dados apresentados pela Burga indicam que, com base no fornecedor, 15% das vendas de smartphones em território russo correspondem à Apple que, assim, ocupa o terceiro lugar entre as produtoras de smartphones que mais vendem no país — a Xiaomi (26%) e a Samsung (34%).
7 Março 2022, 20h30

A decisão de suspender a venda de produtos na Rússia poderá custar até três milhões de dólares (2,7 milhões de euros) diariamente à Apple, segundo um relatório divulgado pela retalhista online de produtos para smartphones, Burgo. Embora o mercado russo não represente uma fatia significativa na receita dos produtos da Apple, a saída da tecnológica norte-americana provavelmente deixará marca nas vendas de smartphones que têm vindo a crescer no país.

“Estamos muito preocupados com a invasão russa da Ucrânia e os nossos pensamentos estão com as pessoas que sofrem devido à violência”, apontou a Apple via comunicado, aquando do anúncio da decisão.

Os dados apresentados pela Burga indicam que, com base no fornecedor, 15% das vendas de smartphones em território russo correspondem à Apple que, assim, ocupa o terceiro lugar entre as produtoras de smartphones que mais vendem no país — a Xiaomi (26%) e a Samsung (34%).

A receita perdida diariamente poderá ainda ser maior, tendo em conta que a receita total de vendas de smartphones na Rússia tem vindo a aumentar a um ritmo constante nos últimos anos. Em 2020, a receita foi de 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros), enquanto em 2019, a soma foi 5,2 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros). Entre 2014 e 2021, a receita cresceu quase 200%, segundo dados da Burgo.

A decisão da Apple colocou pressão nas suas concorrentes, como a Samsung, que decidiram seguir a iniciativa e interromper a vende de produtos na Rússia.

Ainda assim, a saída das duas fabricantes apresenta-se como uma janela de oportunidade/expansão para as operadoras chinesas que, caso sigam a abordagem do governo chinês, tudo indica que deverão manter o normal funcionamento em território russo, sob pena de serem alvo de sanções por continuarem a operar na Rússia utilizando tecnologia norte-americana.

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