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Sanções à Coreia levam EUA a parar investigação de “injustiças comerciais” chinesas

Fontes da Casa Branca indicam que a pressão comercial de Washington em avançar com “sanções” unilaterais contra empresas chinesas foi o impulso que faltava para persuadir a China a aceitar as sanções económicas impostas pela ONU.
9 Agosto 2017, 12h24

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender temporariamente uma investigação às alegadas práticas comerciais “injustas” da China, pela sua inércia face às constantes ameaças da Coreia do Norte, do qual é o principal importador. Segundo a imprensa norte-americana, a medida surge depois de o país ter garantido estar empenhado em avançar com a pressão ao regime norte-coreano, mesmo com os efeitos das sanções a fazerem-se sentir na economia do gigante asiático.

Fontes da Casa Branca contam à agência Reuters que a pressão comercial de Washington em avançar com “sanções” unilaterais contra empresas chinesas com laços norte-coreanos foi o impulso que faltava para persuadir a China a aceitar as sanções económicas impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), este sábado e que podem vir a privar Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais.

“Devido aos laços económicos entre a China e a Coreia do Norte, o Governo chinês será o principal afetado pela implementação de novas sanções ao país”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. “No entanto, para proteger o sistema internacional de não proliferação e a paz e a estabilidade regionais, a China implementará de forma completa e estreita todo o conteúdo da medida”.

As últimas sanções aprovadas por unanimidade na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), incidem sobre as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, chumbo e frutos do mar.

Esta terça-feira, Donald Trump avisou a Coreia do Norte de que “é melhor não fazer mais ameaças aos Estados Unidos” ou “elas terão como resposta fogo e fúria como o mundo nunca viu”. À ameaça norte-americana, o líder norte-coreano, Kim Jong-un respondeu dizendo que está a ponderar atacar com mísseis balísticos o território norte-americano de Guam, levando a um escalar na tensão entre os dois países.

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