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Santa Casa atribui bolsa de 3 mil euros a todos os atletas olímpicos e paralímpicos

“Já passei por situações em que desistir era o caminho mais fácil, mas decidi ir à luta. E esta bolsa tem-me ajudado imenso na minha carreira desportiva”, disse a canoísta olímpica Teresa Portela.
17 Abril 2017, 20h01

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai atribuir bolsas de 3.000 euros a todos os atletas olímpicos e paralímpicos, anunciou hoje a instituição.

“A Santa Casa existe para apoiar as boas causas. Desde 2013 que este é um dos apoios sociais que nem sequer se discute no seio da nossa instituição. Estes atletas dão um exemplo à juventude do nosso país”, considerou Pedro Santana Lopes, provedor da SCML, citado pela Lusa.

Este é o quarto ano seguido que este apoio é concedido aos atletas olímpicos, para os apoiar na conjugação da carreira desportiva com os estudos.

“Há cerimónias que, por mais que se repitam, não deixam de ter um significado especial. Estes atletas dão um exemplo à sociedade de que é possível ter rendimento desportivo e formação universitária ao mais elevado nível”, frisou José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal.

Uma das atletas que recebeu esta bolsa foi Patrícia Mamona, campeã europeia do triplo-salto, que considera este apoio “precioso” para o qual já tem destino. “No meu caso, que estudo engenharia biomédica na Lusófona, que é uma universidade privada, os três mil euros vão ajudar-me a pagar as propinas”, afirmou.

Rui Bragança, atleta olímpico de taekwondo e estudante de medicina na Universidade do Minho, revelou que os três mil euros da bolsa vão pagar as propinas e o alojamento na sua residência universitária em Braga.

“Ainda há professores que consideram os atletas um pouco burros”, sublinhou Rui Bragança, estabelecendo uma comparação com o que se passa no estrangeiro: “Enquanto nos EUA e em alguns países europeus são as universidades que procuram ter no seu seio os melhores atletas, em Portugal são os atletas que têm de lutar para terem entrada no ensino superior. Lá fora existe outra mentalidade, o que torna a vida dos atletas universitários mais confortável”.

 

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