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Santa Casa no setor financeiro foi ideia de Santana Lopes, afirma Vieira da Silva

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou ter sido ideia de Pedro Santana Lopes o envolvimento da Santa Casa no setor financeiro, enquanto a hipótese de investimento no Montepio foi colocada pelo Governo.
  • © Jornal Económico/ Fotografia: Cristina Bernardo
6 Janeiro 2018, 11h17

Em entrevista à Antena 1, a transmitir hoje a partir das 12h00, Vieira da Silva precisou que a “ideia de que a Santa Casa podia ter um papel [no setor financeiro] é uma ideia avançada pelo dr. Santana Lopes (então provedor da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa – SCML)”.

“A colocação do Montepio nesse leque de hipóteses foi colocada pelo Governo, não pelo dr. Santana Lopes”, acrescentou ainda o governante, precisando que a possibilidade de a Santa Casa se envolver na área financeira surgiu “há quase dois anos, numa altura que se vivia o momento mais difícil” no setor.

Quanto a críticas feitas ao envolvimento do setor social no financeiro, Vieira da Silva falou em “profundo desconhecimento da realidade”, porque em “toda a Europa existem instituições financeiras do setor social”.

Os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social aprovaram, esta quarta-feira, por unanimidade, as audições do ministro da Segurança Social e do provedor da SCML sobre uma eventual entrada no capital do Montepio.

O pedido para que sejam ouvidos Vieira da Silva e Edmundo Martinho foi feito pelo CDS-PP que quer ouvir dos dois responsáveis “todos os esclarecimentos sobre os contornos que envolvem a hipótese de a SCML entrar no capital do Montepio Geral”.

A polémica eventual tomada de participação da SCML na Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem sido muito falada nas últimas semanas e levou igualmente o CDS-PP a exigir esclarecimentos ao governo de António Costa.

O CDS-PP quer ainda saber quem teve a ideia original do negócio, depois de dúvidas suscitadas pelo ex-provedor da SCML e candidato à liderança do PSD, Pedro Santana Lopes.

Como o Jornal Económico avançou, a SCML poderá entrar com 200 milhões de euros em troca de uma participação de 10% na CEMG, o que valoriza o banco em cerca de 2.000 milhões de euros.

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