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Santana Lopes: “Em termos de Câmara de Lisboa, não devo nada ao PSD”

Santana Lopes decidiu não candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa. Seria “seguramente pesado” lidar com uma terceira derrota, apesar de ter aprendido que “na política pode-se morrer muitas vezes”, disse ao Expresso.
11 Dezembro 2016, 13h48

Pedro Santana Lopes reiterou, em entrevista ao Expresso, a vontade de continuar no cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e afastou a possibilidade de concorrer à Câmara Municipal de Lisboa, contra a vontade do PSD, que via no ex-autarca o trunfo para a capital. “Continuo a achar que amigo não empata amigo, podem seguir outro caminho que eu não me ofendo”, garantiu Santana Lopes.

Ainda assim, os sociais-democratas “insistem”: “Ainda hoje li que o PSD espera de mim espírito de missão. Eu, em termos de Câmara de Lisboa, não devo nada ao PSD, é o PSD que me deve a mim. Porque tiraram-me a Câmara de Lisboa, não me deixaram concorrer em 2005 e portanto não sinto nenhum peso na consciência nessa matéria. Já lá fui em 2001 e em 2009, teria ido em 2005 se me tivessem deixado.”

Nas sondagens desenvolvidas pela sua equipa, Santana Lopes surge em segundo lugar, atrás de Fernando Medina, o atual presidente. “A distância que as sondagens me dão diz-me que esta seria, de longe, a menor diferença com que eu partiria para umas eleições em Lisboa”, reconhece o ex-autarca. Ainda assim, decidiu não candidatar-se. Seria “seguramente pesado” lidar com uma terceira derrota, apesar de ter aprendido que “na política pode-se morrer muitas vezes”. De acordo com as projecções que revelou na entrevista, Assunção Cristas “está assim-assim, benzinha” e o PCP e o BE – caso a candidata seja Mariana Mortágua –, estão “taco a taco”.

Santana Lopes garantiu não ter “ambições [políticas] nenhumas”, mas admite achar “curioso ser falado para a liderança do PSD”. Sobre a possibilidade de concorrer, admitiu ter recebido “manifestações de apoio”, mas garantiu não estar nos seus planos. “Mas volto a dizer: já sei o suficiente da vida para não dizer que isso nunca acontecerá de certeza. Por minha iniciativa não será seguramente”, ressalvou.

 

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