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Santander avança com medição da pegada de carbono dos clientes com recurso à blockchain

O Santander explica que o cálculo das emissões é feito pela Global Factor, uma consultora especializada em alterações climáticas. A metodologia foi auditada pela empresa de consultoria Deloitte.
29 Maio 2023, 14h13

O Santander lançou uma nova funcionalidade na App, que diz ser “inovadora no setor da banca”, para ajudar os clientes a conhecer e compensar a sua pegada de carbono, com base nas compras efetuadas com cartão bancário e nos débitos diretos.

A metodologia foi auditada pela empresa de consultoria Deloitte.

Depois do lançamento em Espanha e na Polónia, “esta novidade chega agora aos clientes em Portugal”, refere o banco.

O Santander explica que o cálculo das emissões é feito pela Global Factor, uma consultora especializada em alterações climáticas, de acordo com o montante em euros e o setor de atividade associado a cada transação (restauração, supermercados, lazer e bem-estar, transportes, educação, vestuário, entre outros).

A pegada de carbono pode ser consultada numa base mensal, sendo apresentada em kg de CO2 emitidos para a atmosfera, bem como, o seu equivalente em árvores que seriam necessárias para a compensar.

O Santander explica que ao utilizar a tecnologia blockchain, a ClimateTrade garante que as transações de compensação de carbono são transparentes e rastreáveis, dando um contributo tangível e significativo para a luta contra as alterações climáticas. “Estes créditos são cuidadosamente selecionados pela ClimateTrade e pela plataforma de donativos da Mastercard, garantindo a sua autenticidade e impacto”, refere o banco.

“Toda a atividade diária gera emissões de carbono, que se acumulam na atmosfera e são responsáveis pelas alterações climáticas. Com esta medida, o banco dá assim mais um passo na sua estratégia de sustentabilidade e no objetivo de acompanhar os seus clientes no caminho para uma economia baixa em emissões”, lê-se na nota.

“Os clientes podem aceder ainda a conselhos e boas práticas para reduzir a sua pegada de carbono e, de uma forma simples e rápida, utilizar a App para compensá-la através da compra de créditos de carbono”, segundo o comunicado.

Até 2025, o Santander irá trocar o plástico tradicional dos cartões por materiais biodegradáveis como PLA (poliláticos à base de milho). Todos os novos cartões emitidos são feitos de materiais biodegradáveis a partir de recursos renováveis e biológicos não poluentes por não emitirem gases tóxicos se forem queimados.

“Desde 2019 que os cartões do Santander têm o selo de qualidade ambiental Carbon Neutral, o que significa que avaliamos o impacto da sua produção e por cada tonelada de CO2 emitido, compramos o equivalente em créditos de carbono certificados”, garante a instituição.

“Adicionalmente, por cada quilo de cartões recolhidos, plantamos uma árvore numa área protegida e cuidamos dela por 5 anos. Os cartões expirados são usados para produzir mobiliário urbano, como as rampas de acesso à praia”, revela o Santander.

O Santander lembra que tem vindo a medir a sua própria pegada de carbono desde 2011, tendo já atingido a neutralidade carbónica em 2020. É um dos membros fundadores da Net Zero Banking Alliance e “está focado na ambição de alcançar zero emissões líquidas em toda a atividade do Grupo até 2050”.

 

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