Com as Euribor em níveis anormalmente baixos, em terreno negativo, o Banco de Portugal emitiu em 2018 uma recomendação em que forçou a banca a ser mais cautelosa na avaliação do risco dos clientes na hora de conceder crédito com taxa variável. Obrigou a somar 3% à taxa final para analisar se os clientes têm capacidade para pagar as prestações, regra que se mantém apesar dos máximos das Euribor. O Santander Portugal cumpre-a, mas considera que, agora, é preciso rever esta imposição que dificulta a aprovação dos financiamentos.
Até há uns meses, para analisar o esforço máximo dos particulares nos créditos para a compra de casa indexados a taxas variáveis, os bancos somavam os 3% impostos pelo Banco de Portugal ao spread e a uma Euribor negativa. Agora os juros já estão em terreno positivo e não param de subir. A Euribor a 12 meses está nos 3,446%, enquanto a seis meses, o indexante mais usado nos contratos em Portugal, está já nos 3,029%.
“O Banco de Portugal quando elaborou a recomendação macroprudencial fê-lo em determinado contexto de taxas de juro e tendo em conta esse mesmo contexto”, começa por dizer fonte oficial do Santander Portugal ao Jornal Económico (JE), quando questionada se a recomendação do regulador continua a fazer sentido num cenário de subida das taxas de juro.
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