Depois do BPI e do Novobanco, foi agora a vez de o Santander Portugal aprovar um aumento salarial de 4% para os colaboradores como uma medida adicional para ajudar a mitigar o impacto da inflação. Isto depois de ter feito, em outubro do ano passado, um pagamento extraordinário de 750 euros para quem ganhar até até 30 mil euros por ano.
De acordo com uma nota a que o Jornal Económico teve acesso, o banco indica que “ainda em janeiro será atribuído e processado um aumento salarial a todos colaboradores de 4% sobre as rubricas ACT ‘retribuição base’ e ‘diuturnidades'”. Um aumento, refere, que “integra, por antecipação, qualquer atualização salarial que resulte de futura revisão da tabela do ACT e será processado sob a forma de complemento até à concretização da atrás referida revisão”.
A instituição financeira irá ainda “processar já este mês os aumentos previstos nas Promoções Obrigatórias por Mérito que, este ano, representam uma alteração de nível ACT a 208 colaboradores e um incremento de 6,9% no seu vencimento médio”. O banco também irá subir para o nível 7 todos os colaboradores que se encontram abaixo desse nível, passando a ser este o nível mínimo salarial no banco a partir de 2023.
“Independentemente do nível ACT de cada colaborador iremos também rever em alta o salário mínimo no banco para 1.400€ mensais, fixando este, assim, 84% acima do salário mínimo nacional e bem acima do salário médio nacional”, refere o Santander Portugal, detalhando que “este valor continuará a ser majorado para todos os colaboradores com incentivos variáveis, de acordo com o seu contributo e resultados do banco”.
O banco também irá processar até final de fevereiro o pagamento da compensação variável referente a 2022. “Em particular para os colaboradores que se mantêm no sistema de incentivos ou nele estiveram em 2021, representará um incremento médio de 33% face ao valor recebido em 2021”, remata.
Estas medidas são adotadas numa altura em que ainda se mantêm em vigor medidas adotadas anteriormente, como a possibilidade de todos os colaboradores anteciparem até 50% do subsídio de Natal ou o aumento do limite de crédito disponível para os trabalhadores para 200 mil euros, em novas operações de crédito. Além disso, alargou o acesso a outras medidas como a comparticipação do passe social em 50% ou o apoio a propinas no valor de 310 euros por ano por filho ou enteado.