O grupo Santander pretende que a integração do Banco Popular no Santander Totta, duas entidades bancárias de que é dona em Portugal, seja feita até ao “final do ano” de 2018 sem perder quota de mercado ou clientes.
“Estimamos que a integração será feita antes do final do ano”, disse hoje o presidente executivo do grupo espanhol, José António Alvarez, na conferência de imprensa hoje em Madrid para apresentação dos resultados de 2017.
Na mesma conferência de imprensa, a presidente do Santander, Ana Botín, revelou que o objetivo, “tanto em Portugal como em Espanha, é não perder quota de mercado ou clientes” com a integração do Banco Popular no Santander, considerando que “isso não é fácil”.
Por outro lado, Ana Botín assegurou que o grupo “não tem planos de comprar neste momento” outras entidades bancárias em Portugal.
O grupo Santander, primeiro grupo bancário da zona euro por volume de capitalização, comprou por um euro, em 07 de junho de 2017, o Banco Popular que, na altura, era o sexto banco espanhol e estava à beira da falência.
O banco espanhol anunciou em 12 de dezembro passado que a fusão das duas entidades iria implicar, entre outras coisas, a supressão de 1.100 postos de trabalho em Espanha no quadro da reestruturação em curso.
O grupo bancário fechou 2017 com um lucro de 6.619 milhões de euros, mais 7% do que no ano anterior, tendo o Santander Totta, em Portugal, contribuído com 440 milhões de euros para o resultado.
Em Portugal (sem o Banco Popular), o lucro do Santander Totta cresceu 10%, para 440 milhões de euros, com um crescimento do crédito e dos recursos próprios e redução nos custos e nas provisões para insolvências.
O grupo espanhol sublinha que depois da aquisição do Banco Popular, o Santander Totta “converte-se” no maior banco privado português, tanto em ativos como em créditos.
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