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Santander Totta lucra 298,2 milhões em 2021 apesar da queda de 7% da margem

O Santander Totta registou um resultado líquido de 298,2 milhões de euros, o que traduz uma subida de 0,9% face a 2020. O lucro foi impactado pela constituição de uma provisão de 164,5 milhões liquida de impostos para fazer face ao processo de reestruturação do banco, no primeiro trimestre.
  • Cristina Bernardo
2 Fevereiro 2022, 09h57

O Banco Santander Totta registou um resultado líquido de 298,2 milhões de euros, o que traduz uma subida de 0,9% face a 2020. O lucro foi impactado pela constituição de uma provisão de 164,5 milhões liquida de impostos para fazer face ao processo de reestruturação do banco, no primeiro trimestre.

O banco regista uma imparidade liquida de ativos financeiros ao custo amortizado que totalizou 73,5 milhões o que traduz um decréscimo de 60,8% face a dezembro de 2020 quando se tinham constituído provisões para acautelar o impacto económico da pandemia.

O Produto Bancário melhorou 2,8% em 2021 para 1,3 mil milhões. Ainda que a margem financeira tenha caído 7,3% para 731,2 milhões de euros. Por causa dos juros baixos.

As comissões, em compensação, subiram 14,3% e os custos operacionais caíram 8,4% sendo a queda dos custos com pessoal de 13%. Saíram 1.175 e apenas 4% (49) por despedimento coletivo.

O rácio de eficiência melhorou 4,9 pp para 40,1%.

Em termos de qualidade da carteira o rácio de NPE o banco registou uma melhoria de 0,3 pp para os 2,3% com um rácio de cobertura de 81%. O custo do risco de crédito reduziu-se num ano 0,3 pp para 0,17%.

O rácio de liquidez (LCR) está confortável em 138,2%

No que toca ao balanço,  a carteira de crédito subiu 1,7% (43,4 mil milhões), com a subida de 6% do crédito à habitação. O crédito a empresas caiu 1,6% para 16,1 mil milhões. O banco tem uma quota de mercado de 17,4% em stock de crédito a empresas.

Em termos de linhas com garantia do Estado, foram apoiados mais de 16 mil clientes, num montante global de 1,8 mil milhões de euros.

O rácio CET1 (fully implemented) foi de 25,2%, um acréscimo de 4,6pp em relação a dezembro de 2020.

O CEO do banco não acredita que a nova recomendação do Banco de Portugal relativamente à redução dos prazos do crédito à habitação reduza a procura de crédito à habitação, admite que os preços das casas tenham mais impacto na procura.

Nos recursos de clientes houve uma subida de 8,5% para 46,9 mil milhões. Aqui os depósitos cresceram 6,8% para 38,5 mil milhões de euros. O Santander registou também um aumento de 33,4% nos recursos fora do balanço  (fundos de investimento).

Manuel Preto, CFO, revelou que vai ser levado à assembleia geral uma distribuição de dividendos relativos a 2019 de 480 milhões de euros.

Pedro Castro e Almeida, CEO, mostrou-se confiante para os próximos três anos, “depois de um dos períodos mais disruptivos da história”.

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