Santander Totta pode vir a pedir garantias para comprar Novo Banco

O presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, afirmou hoje que, caso faça uma proposta vinculativa para a compra do Novo Banco, poderá vir a pedir uma garantia para possíveis riscos de litigância ou então baixar o preço. António Vieira Monteiro, que falava à margem do almoço debate organizado pela ACEGE – Associação Cristã […]

O presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, afirmou hoje que, caso faça uma proposta vinculativa para a compra do Novo Banco, poderá vir a pedir uma garantia para possíveis riscos de litigância ou então baixar o preço.

António Vieira Monteiro, que falava à margem do almoço debate organizado pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores, referiu que o Santander Totta está na segunda fase do processo de venda do Novo Banco, na qual existem mais 16 interessados, e está à espera da entrega da documentação para decidir se avança com uma proposta vinculativa, tendo em atenção que a sua oferta levará em conta a forte contestação ao processo do fim do Banco Espírito Santo (BES).

“Tem-se visto [uma grande contestação], basta ler os jornais para vermos que estão a ser postas ações contra o processo em si. Umas até nas autoridades internacionais, contra a União Europeia. Outras no mercado nacional, contra os supervisores e contra o próprio banco e outras de pessoas que se sentiram lesadas pelo BES na altura”, adiantou.

Para exemplificar o seu ponto de vista, o presidente do Santander Totta assumiu que estas litigâncias desvalorizam o ativo: “Quando se compra uma coisa e se houver processos, o que se faz? Ou se baixa o preço ou se obtém uma garantia…”.

António Vieira Monteiro, que centrou a sua intervenção na ACEGE na evolução da banca em Portugal, afirmou que o caso BES abalou realmente a confiança das pessoas nas instituições bancárias, “muito mais do que o BPP ou o BPN”.

Para o presidente do Santander Totta “a perda de confiança aconteceu porque se verificaram determinados factos não conhecidos publicamente que levaram as pessoas a desconfiar das instituições de crédito”, pelo que a banca tem agora de “demonstrar que esses factos são exceções e que continua para servir a população e as entidades e que as pessoas não se sintam enganadas”.

OJE/Lusa

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