O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu, durante o debate televisivo entre os nove partidos, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser “tendencialmente gratuito”, mas complementado pela oferta privada, enquanto o secretário-geral do PS, António Costa, defendeu o reforço do SNS. As duas posições traduzem a posição, no geral, dos partidos de direita, no primeiro caso, e de esquerda, no segundo.
Na sua intervenção no debate transmitido pela RTP1 e RTP3, Rui Rio explicou que, a longo prazo, o PSD quer que o sector público da saúde seja tão eficaz como o serviço privado.
Por sua vez, António Costa referiu que é preciso continuar o caminho que já foi iniciado e, como tal, continuar o reforço do SNS, e “aplicar a parceria que temos com o sector social” com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
Segundo Costa, é preciso “tornar mais atrativa a carreira de medicina geral com incentivos nas zonas mais carenciadas”.
Para o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, o mais importante é a “liberdade de escolha”, por isso, propõe uma via verde de saúde que se permita às pessoas mais pobres a opção de escolher hospital.
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, em representação da CDU, referiu ser importante “valorizar os serviços públicos”. “É preciso contratar profissionais, é preciso valorizar a carreira dos profissionais”. “Se não houver medidas de incentivo vamos assistir de uma forma dramática ao desmantelamento do SNS”, completou.
Na Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo diz que a aposta na Saúde deve estar num sistema misto. “Queremos que passe a ser possível acederem a um sistema de saúde e não uma lista de espera”, afirmou João Cotrim Figueiredo.
O Bloco de Esquerda admitiu que existe um problema “dos profissionais não ficarem” no SNS e referiu que o país não pode ter “profissionais que vão a correr para o privado”. Segundo Catarina Martins, o SNS tem “médicos, enfermeiros e técnicos superiores de Saúde” que não têm “condições para trabalhar no SNS”.
O presidente do Chega, André Ventura, frisou que “tem que haver um prazo máximo caso o SNS não consiga dar resposta” e aí nessa circunstância “passe para o privado”.
Rui Tavares, líder do Livre, aponta para um SNS que precisa ser reforçado “criando novas valências”.
Por fim, o PAN defendeu “saúde preventiva de proximidade”, o “robustecimento do SNS” e mencionou que faltam os reforços na área de psicologia.
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