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Legislativas2022: direita defende contrato com privados na saúde. Esquerda o reforço do SNS

No único debate televisivo da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 30 de junho que juntou os representantes de todos os partidos que conquistaram representação parlamentar nas últimas legislativasficou visível a diferença de propostas para a saúde.
17 Janeiro 2022, 22h59

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu, durante o debate televisivo entre os nove partidos, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser “tendencialmente gratuito”, mas complementado pela oferta privada, enquanto o secretário-geral do PS, António Costa, defendeu o reforço do SNS. As duas posições traduzem a posição, no geral, dos partidos de direita, no primeiro caso, e de esquerda, no segundo.

Na sua intervenção no debate transmitido pela RTP1 e RTP3, Rui Rio explicou que, a longo prazo, o PSD quer que o sector público da saúde seja tão eficaz como o serviço privado.

Por sua vez, António Costa referiu que é preciso continuar o caminho que já foi iniciado e, como tal, continuar o reforço do SNS, e “aplicar a parceria que temos com o sector social” com as  Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

Segundo Costa, é preciso “tornar mais atrativa a carreira de medicina geral com incentivos nas zonas mais carenciadas”.

Para o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, o mais importante é a “liberdade de escolha”, por isso, propõe uma via verde de saúde que se permita às pessoas mais pobres a opção de escolher hospital.

João Oliveira, líder parlamentar do PCP, em representação da CDU, referiu ser importante “valorizar os serviços públicos”. “É preciso contratar profissionais, é preciso valorizar a carreira dos profissionais”. “Se não houver medidas de incentivo vamos assistir de uma forma dramática ao desmantelamento do SNS”, completou.

Na Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo diz que a aposta na Saúde deve estar num sistema misto. “Queremos que passe a ser possível acederem a um sistema de saúde e não uma lista de espera”, afirmou João Cotrim Figueiredo.

O Bloco de Esquerda admitiu que existe um problema “dos profissionais não ficarem” no SNS e referiu que o país não pode ter “profissionais que vão a correr para o privado”. Segundo Catarina Martins, o SNS tem “médicos, enfermeiros e técnicos superiores de Saúde” que não têm “condições para trabalhar no SNS”.

O presidente do Chega, André Ventura, frisou que “tem que haver um prazo máximo caso o SNS não consiga dar resposta” e aí nessa circunstância “passe para o privado”.

Rui Tavares, líder do Livre, aponta para um SNS que precisa ser reforçado “criando novas valências”.

Por fim, o PAN defendeu “saúde preventiva de proximidade”, o “robustecimento do SNS” e mencionou que faltam os reforços na área de psicologia.

 

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