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Saúde: Novo vice-presidente da ARS Centro impôs condições para aceitar cargo

O médico de família e ex-dirigente sindical João Rodrigues explicou, numa nota enviada às unidades de saúde familiar, as condições que apresentou à ministra da Saúde, Marta Temido, para aceitar a nomeação para o cargo.
2 Maio 2019, 15h56

O médico de família João Rodrigues, antigo presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Centro, uma estrutura integrada na FNAM e que desempenhava atualmente a presidência da direção da Associação Nacional de USF (USF-NA), foi o nome escolhido pela ministra da Saúde, Marta Temido, para vice-presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro. Selecionado entre três nomes propostos pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP), a designação de João Rodrigues ficou condicionada à aceitação, por parte de Marta Temido, de um plano estratégico para o mandato, apresentado pelo médico.

De referir que João Rodrigues já concorrera ao cargo em diferentes ocasiões, tendo sido sempre preterido. E que uma das candidaturas foi frustrada por o então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, após entrevista com o candidato e envio por escrito das condições mínimas para ocupar o lugar de vogal da ARS do Centro, ter decidido escolher outro candidato.

Frustradas foram também as candidaturas à direção do conselho diretivo da ARS do Centro apresentadas no âmbito do procedimento concursal n.º 275 CRESAP 200 11/13 para vogal do conselho diretivo da ARS do Centro.

Em nota enviada às Unidades de Saúde Familiar, João Rodrigues relatou todo o processo que culminou na sua nomeação: “Surpreendentemente ou não, a senbora ministra da Saúde, Marta Temido, no dia 7 de janeiro de 2019, convidou-me para aceitar o lugar de vice-presidente da ARS do Centro, último concurso que ocorreu. À semelhança do que fiz anteriormente com o ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse-lhe que iria enviar-lhe por escrito as minhas condições e que depois deveríamos reunir. Foi o que aconteceu. Após várias reuniões de trabalho, chegamos finalmente a um acordo global, tendo a ministra aceite o plano estratégico a implementar que passa pela operacionalização de quatro pilares.”

Esses pilares são a “centralidade do cidadão no acesso, organização e prestação dos cuidados de saúde”, o “assumir os recursos humanos (organizados e motivados) como o ativo mais importante das organizações apostando no seu desenvolvimento contínuo e bem-estar”, a visão da ARS do Centro como “órgão de planeamento e coordenação estratégica a nível regional. Fornecedora de serviços às organizações prestadoras de cuidados de saúde” e os cuidados de saúde primários enquanto “missão maior” da ARS do Centro com a “construção de uma rede qualificada de Cuidados de Saúde de Proximidade”.

Aceite o acordo, João Rodrigues foi novamente à CRESAP para entrevista final e a 12 de abril a entidade responsável pelo recrutamento dos altos quadros da Administração Pública emitiu parecer favorável ao currículo do médico, que iniciou funções a 1 de maio, tendo suspendido as funções que desempenhava na USF-NA, mantendo-se apenas como sócio e membro do conselho consultivo da associação.

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