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Scholz responde a Kissinger. Putin não ditará termos de paz na Ucrânia

“Putin não deve vencer a sua guerra, e estou convencido de que não vencerá. A captura de toda a Ucrânia parece mais distante agora do que no início da guerra”, afirmou Scholz. “Não haverá paz ditada. A Ucrânia não aceitará isso, e nós também não”.
26 Maio 2022, 13h00

Depois de o antigo secretário de Estado norte americano, Henry Kissinger, ter dito no Fórum Económico Mundial, em Davos, que o Ocidente deve ser mais brando com a Rússia e que a Ucrânia deve aceitar as negociações em termos que ficam muito aquém dos seus atuais objetivos de guerra, como ceder território, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que Putin não ditará os termos de paz na Ucrânia e acredita que lhe espera uma derrota.

“Putin não deve vencer a sua guerra, e estou convencido de que não vencerá. A captura de toda a Ucrânia parece mais distante agora do que no início da guerra. Não haverá paz ditada. A Ucrânia não aceitará isso, e nós também não”, afirmou Scholz, segundo conta a “Reuters”.

O presidente russo só deve negociar seriamente quando aceitar que a guerra não pode ser vencida, tornando essencial o apoio ocidental contínuo à Ucrânia, acrescentou. Contudo, Scholz não abordou os pedidos ucranianos para a entrega de mais armas pesadas a Kiev, mesmo depois do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, ter insistido no assunto em Davos na quarta-feira.

Kiev tem procurado adquirir veículos de combate de infantaria alemães Marder e, idealmente, também os principais tanques de batalha Leopard, mas não fez progressos significativos com Berlim, disse Kuleba.

Não obstante, na esperança de enfraquecer a economia da Rússia e a sua capacidade de travar a guerra, Scholz disse que a Alemanha vai interromper as importações de petróleo russo até o final de 2022 e também reduzirá a sua dependência do gás russo.

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