A Science4you pretende prolongar a Oferta Pública de Venda (OPV) até ao próximo dia 1 fevereiro, informou a empresa de brinquedos científicos e educativos, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a adenda ao prospecto, já enviado à CMVM, a Science4you prevê estrear-se na bolsa no dia 8 de fevereiro, sete dias após o fim da operação. Os resultados da operação serão conhecidos dia 4 de fevereiro e serão apurados e divulgados pela Euronext.

A empresa liderada por Miguel Pina Martins refere que submeteu à aprovação do regulador dos mercados um pedido de adenda ao prospeto e sublinha que é expectável que, caso essa adenda tenha ‘luz verde’, “que a oferta venha a ser prorrogada até 1 de fevereiro de 2019 em razão daquele facto novo”. Esse pedido à CMVM foi sustentado na celebração de um contrato de liquidez com um intermediário financeiro.

“De forma a incrementar a liquidez que possa existir na negociação dos títulos, a Science4you pretende celebrar um contrato de liquidez com um intermediário financeiro. Para tal, recebeu já uma proposta para a celebração do contrato de liquidez, a qual aceitou, pretendendo formalizar a celebração desse contrato nas próximas semanas, tendo em vista garantir que o mesmo estará em vigor por altura da admissão à negociação das ações no sistema de negociação multilateral Euronext Growth”, esclarece a nota divulgada pela CMVM.

A Science4you garante, no referido documento, que informará o mercado sobre a celebração daquele contrato até ao próximo dia 11 de janeiro.

O Jornal Económico sabe que a operação não conseguiu garantir até ao dia de hoje os cinco milhões de euros de subscrição (condição mínima para se realizar).

A decisão de prolongar o período da Oferta Pública de Venda acontece numa altura em, nos últimos dois meses, duas empresas retiraram operações de mercado por falta de procura de títulos. A primeira foi a Sonae MC, que desistiu da operação de entrada em bolsa, depois foi a vez da Vista Alegre que tinha uma operação de aumento de capital, cujo objectivo era elevar a dispersão de capital e ascender ao PSI-20, e que também acabou por desistir por causa das “condições do mercado”.

A oferta da Science4you começou no dia 28 de novembro e tinha como data limite esta sexta-feira, 14 de dezembro. Inicialmente previa-se que a estreia das acções em bolsa ocorresse no dia 21 de dezembro.

A operação “visa a dispersão junto de investidores de um número máximo de 6.122.448 acções ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal, representativas de 44,11% do capital” da empresa de brinquedos, após o aumento de capital e pressupondo a integral subscrição deste aumento.

Pois esta operação compreende uma oferta pública de subscrição (OPS) no montante máximo de 8,25 milhões de euros e uma oferta pública de venda (OPV), por parte de um conjunto de actuais acionistas, no montante máximo de cerca de 6,75 milhões de euros, com a subsequente admissão à negociação.

A OPV tem prioridade até cinco milhões de euros, que corresponde ao mínimo de ações que terão que ser vendidas para que a oferta seja eficaz.

Isto porque a operação está sujeita à condição de que, pelo menos, 2.040.817 acções reservadas à componente de venda sejam adquiridas (as ações serão vendidas a 2,45 euros), “Se esta condição não se verificar, a oferta ficará sem efeito e não ocorrerá a respectiva a liquidação”.

(atualizada)